Parece que Giussep Mendes, o enfant terrible da administração Helder Barbalho, não toma jeito. Presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado, o Igeprev, Giussep Mendes, que vem se livrando de poucas e boas mesmo usando e abusando do cargo, teria indicado o escritório de advocacia encarregado de levar à Justiça demanda do Sindicato dos Policiais Civis que cobrava pagamento de gratificação a investigadores, escrivães e papiloscopistas correspondente a 65% do salário base pago aos delegados. O escritório de advocacia cobrou 25% do total do valor a ser pago a título de honorários. Vencida a causa, que beneficiou apenas alguns apadrinhados do Igeprev, recebeu antecipadamente, sob as bênçãos de Giussep Mendes. Nome do advogado: Fernando Mendes, irmão de Giussepe.
Helder reage e manda
desfazer acordo suspeito
Fernando Mendes, coincidência ou não, é advogado do Sindipol, mas não teria partido dele a iniciativa de questionar na Justiça a desobediência do Estado ao cumprimento de artigo da lei envolvendo agentes públicos. O próprio Igeprev confirmou o direito dos policiais e a necessidade de reparação, beneficiando “toda a categoria”. O “acordo”, porém, beneficiaria apenas agentes que peticionassem e todas as petições levaram a assinatura do advogado Fernando Mendes. Ocorre que a PGE pipocou: por conta do pagamento, inclusive com valores retroativos a cinco anos, até o governador Helder Barbalho rodou a baiana. Em dezembro, o dinheiro teve que ser devolvidos pelos agentes beneficiados, mas os 25% cobrados e pagos apartados e antecipadamente pelo advogado Fernando Mendes, não.
Quem paga pela trapalhada
Não custa lembrar que a trapalhada patrocinada pelo Igeprev custou caro ao contribuinte paraense. Embora a PGE, até agora, não tenha se manifestado publica e oficialmente, fontes da coluna na Procuradoria garantem que o pagamento da gratificação aos agentes policiais representa custo só comparado ao custo gerado pela polêmica decisão do governador Helder Barbalho de “atualização do piso do magistério” – alguma coisa na casa dos milhões, que serão pagos com o meu, o seu, o nosso dinheirinho. Giussep, nada…
Papo Reto
- Pergunta para o secretário de Turismo do Pará, André Dias (foto): por que o espaço disponibilizado no Terminal Hidroviário de Belém para dar informações a visitantes interessados em conhecer a região do Marajó não funciona?
- Nem o Estado ou qualquer prefeitura dos 16 municípios da região se dispõem a colocar um servidor, ainda que em meio expediente, para dar informações. É assim que se faz programação turística no Pará?
- Para se ter ideia, ano passado, nada mais, nada menos do que 614 mil usuários passaram pelo terminal, quase 10% a mais do que apontam os registros de 2020.
- Nem bem começou o ano eleitoral o MST voltou com tudo às invasões. Na estrada Mosqueiro é o que mais tem.
- Faz 100 anos que a descoberta da insulina passou a representar o principal caminho de tratamento para o diabetes. Recentemente, pesquisadores do Instituto Salk, na Califórnia (EUA), descobriram uma nova molécula, gerada no tecido adiposo, tão ou até mais capaz de controlar de forma rápida e potente a glicose no sangue.
- A Usina Hidrelétrica Belo Monte, na região sudoeste do Pará, volta a receber interessados em participar do programa de visitação guiada da Norte Energia, empresa concessionária do empreendimento.
- Chamado de “Conheça Belo Monte”, o programa possibilita um passeio pelo interior da usina e apresenta o processo de geração de energia a partir da força das águas do rio Xingu.
- Quem garante é o Ministério do Desenvolvimento Regional: dos 208,7 milhões de brasileiros, 94,1 milhões, o equivalente a 50%, não dispõem de rede de esgoto.
- Os dados da vergonha nacional estão no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, disponível ao grande público.