“O governador Helder Barbalho demonstra não ter o menor apreço pela Emater, um órgão muito importante para a produção de alimentos no Estado”, diz um desalentado técnico da empresa.
A indignação corre por conta do fato de que, dos últimos dois anos para cá, a empresa de assistência técnica está nas mãos da Igreja Universal, sendo comandada pela dupla de deputados Vavá Martins e Fábio Freitas. O primeiro, não se reelegeu à Câmara Federal e, com a manutenção da empresa sob controle do partido Republicanos, o deputado estadual reeleito Fábio Freitas proclama: “Agora, a Emater é só minha!”.
Volta dos que não foram
O que se diz nos corredores da empresa é que o Fábio Freitas já está consultando nomes para a presidência da Emater, como o da obreira e ex-presidente Lana Santos, cuja gestão durou apenas seis meses, muito por conta de denúncias de assédio moral, incompetência técnica e zero articulação política. Saiu pela porta dos fundos.
Um técnico da linha de frente da empresa procurou a coluna para informar que o advogado Keimerson Nascimento, ex-diretor Administrativo, também está nos planos do Fábio Freitas para presidente. Keimerson, assim como a obreira Lana, também é servo da Universal. A gestão dele como diretor Administrativo durou poucos meses, repetindo o feito de Lana.
Segundo fontes da empresa, assim que saiu, também pela porta dos fundos, o advogado Keimerson fez um dossiê e entregou ao Ministério Público Federal, denunciando fraudes em programas federais e licitações na gestão do presidente Rosival Possidônio.
Até diploma falso
Nesses últimos dois anos, a empresa já teve de tudo, inclusive um obreiro, também da Universal, nomeado diretor Administrativo, sem ter diploma de nível superior. O diretor caiu, meses depois que o governo descobriu que o diploma de Antônio Cláudio Gonçalves do Rosário Júnior era falso.
Em nome de Jesus
O fato é que os funcionários estão indignados com tamanho descaso e falta de respeito por parte do governador Helder Barbalho, em ter dado a empresa de mão beijada ao partido da Igreja Universal. São pessoas que ficam poucos meses na empresa e não conseguem dar continuidade ao trabalho. “A empresa está prestes a afundar”, informou o técnico, indignado, e se perguntam: o que faz o governador manter a Emater com esse partido, ou antes, que destino o governador quer para a empresa?