A precariedade das instalações da Escola “General Henrique Gurjão” determinou a interdição do prédio e a suspensão das aulas presenciais, medida aparentemente dada como solução do problema, mais deixou mais de 200 alunos sem aprendizado/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Mais de 240 crianças do bairro do Coqueiro, em Belém, estão sem aula presencial há mais de dois anos, tempo em que esperam a reforma do prédio da Escola de Ensino Fundamental General Henrique Gurjão, que fica na avenida Pentecostal, próxima ao Conjunto Satélite. A escola, que pertence à rede estadual, foi fechada pelas precárias condições em que se encontrava, colocando em risco a segurança da comunidade escolar. 

Educação não interessa

A falta de aulas presenciais está provocando grave problema de aprendizado para os alunos. Segundo relatos de pais, há estudantes da 5ª série que ainda não aprenderam a ler. Nem a propósito, no mesmo bairro, a Escola Estadual Dilma de Souza Catette, no Conjunto Pedro Teixeira, também está quase parando por conta de uma reforma que nunca termina. Para não paralisar totalmente, a unidade funciona em regime de revezamento – dois dias com aula e três dias sem aula. 

Gestão incompetente

O apelo da comunidade é que o novo secretário de Educação, Rossieli Soares, que foi ministro do governo Temer, e o governador Helder Barbalho se sensibilizem com a situação e resolvam o problema. Essas duas e outras incontáveis escolas ligadas à rede de ensino do Estado em Belém e no interior são o retrato fiel da incompetência da gestão da ex-secretário Elieth Braga, que caiu para cima ao ser substituída na Secretaria de Educação para assumir a pasta de Planejamento e Administração, no lugar de Hana Ghassan, vice-governadora do Pará.