O grupamento fluvial com polícia integrada que será inaugurado na Comunidade Antônio Lemos, entre Melgaço e Breves, no Marajó, terá uma tarefa árdua e de difícil execução. Os piratas de rio que atuam a região atacam embarcações que transportam drogas, eletroeletrônicos fabricados em Manaus, cargas inteiras de castanha-do-pará e principalmente combustíveis, em alguns casos, mancomunados com alguém da própria tripulação, caracterizando a tal “parada dada” comumente usada no jargão policial.
A estrutura do grupamento fluvial será completa: pessoal bem treinado, equipamentos que incluem lanchas blindadas e armamento pesado, além de heliporto e policiais civis da Inteligência para monitorar todo o Estreito de Breves, onde ocorre o maior número de casos. Casos de roubos são constantes, mas algumas empresas deixam de fazer a ocorrência policial em razão de carga ilegal, transportada sem as devidas notas fiscais, quando não se trata de drogas, contrabando de animais ou essências florestais.
Segup abre consulta para
criar Plano de Segurança Pública
A Secretaria de Segurança Pública do Pará anuncia para o dia 11 agora consulta pública para elaboração do Plano Estadual de Segurança, com previsão de conclusão ainda neste semestre e execução até 2030. A consulta prevê aferir a percepção da sociedade sobre as prioridades no setor, “legitimando a participação popular”, segundo o secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada da Segup, Luciano de Oliveira. Após a conclusão da
consulta pública, as propostas serão consolidadas para a construção do plano, que representará, de fato, a primeira política pública de peso elaborada pelo atual governo.
Jornal denuncia: empresa burla
Capitania usando porto próprio
O sempre atento “Jornal do Marajó” segue patrulhando as águas confortavelmente navegadas pelas embarcações das empresas Arapari e Bom Jesus Navegação na região do arquipélago. Na última terça, o informativo dava conta de que a lancha “Lívia Marília”, da Arapari Navegação, que saiu do Porto Camará, em Salvaterra, para Belém, “evitou” a presença da fiscalização da Capitania dos Portos, já na capital, desviando a atracação do Terminal Hidroviário para o porto que mantém operando “quando necessário” – como foi o caso – na Cidade Velha. Motivo: a lancha estava sem comandante, isto é, foi conduzida de Salvaterra até Belém por pessoa não habilitada. Depois não digam que foi falta de aviso.