Mudanças publicadas oficialmente hoje se restringem apenas à Secretaria de Educação e a de Planejamento e Administração, mas governador ainda deve promover novas alterações no ‘staff’/Fotos: Divulgação.

O Diário Oficial do Estado publica hoje as primeiras alterações previamente anunciadas no Secretariado do governador Helder Barbalho. Nada que conforte muitos corações e mentes angustiados de outros integrantes do staff, alguns deles ‘roendo as unhas’ desde a virada do ano na expectativa de vislumbrar um futuro que ainda é incerto e não sabido. A esses recomenda-se paciência e reza braba.

A publicação confirma a coluna: o ex-ministro Rossieli Soares assume a Secretaria e Educação, de onde a auditora fiscal Elieth Braga foi exonerada para ocupar a Secretaria de Planejamento e Administração na vaga então ocupada por Ivaldo Ledo, que assumiu o cargo com a desincompatibilização da atual vice-governadora, Hana Ghassan.

Ivaldo volta a ocupar o cargo de secretário-adjunto, de onde, segundo se comenta na Secretaria, principalmente através de técnicos de carreira, sequer deveria ter saído. Na dança das cadeiras sobrou – se é que sobrou – para Brenda Rassy Carneiro Maradei, que ‘estava’ adjunta de Ivaldo e não se sabe que novo cargo assumirá na máquina do Estado.

Mudança a conta-gotas

O governador Helder Barbalho não disse exatamente isso, mas sugeriu que ‘em time que está ganhando não se mexe’, para transmitir a noção de que se dá por satisfeito com o trabalho dos auxiliares no curso dos quatro anos do primeiro mandato e as mudanças seriam pontuais. É o que parece estar acontecendo, mas tem muita gente preocupada.

As mudanças desenhadas pelo governador no seu staff foram, por assim dizer, procrastinadas por força do embate travado em Brasília para acomodar interesses políticos do governador, um deles a indicação e confirmação do nome do irmão, o empresário Jader Filho, no novo governo Lula. Fechado o acordo e afastados os indesejáveis, Helder se volta para o governo para dar prosseguimento ao plano – mas nesse ponto começam as especulações. O governador precisa abrir espaços na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal para cumprir compromissos de campanha que incluem a garantia de mandatos para quem ficou pelo meio do caminho na disputa eleitoral.

Velhas questões paroquiais

Além disso, há questões paroquiais, nem por isso menos importantes, que envolvem as eleições municipais na Região Metropolitana de Belém, principalmente. Aliados e ex-aliados precisam ou ‘chegar junto’ do governador ou ficar onde estão, dependendo do caso, porque os planos de Helder estão traçados e devem ser executados nem que seja a ferro e fogo. Se, por um lado, Helder aplica a regra segundo a qual ‘quem for podre que se quebre’, por outro sabe que ‘o buraco é mais embaixo’ – e esse lado exige sua atenção e acuidade. Convém não pagar para ver.