As autoridades constituídas torcem o nariz para a expressão “pão e circo”, utilizada para denunciar medidas paliativas adotadas por governantes como forma de entreter a população e desviar sua atenção da ausência de soluções definitivas para problemas crônicos. No caso do Pará, por exemplo, em que pese a palmatória do mundo que também atende pelo nome de pandemia, são frequentes denúncias de escolas públicas e equipamentos funcionando em estado precário, inclusive com alunos sem mesa para a alimentação diária, ou cadeiras nas salas de aula, muito em função do fato de que são prédios alugados pela Secretaria de Educação a preços de ouro e sem manutenção. O corolário de problemas se estende por diversas áreas da administração pública, mas as medidas paliativas se sobrepõem e o ontem vira hoje, que vira amanhã, que segue depois…
Nada contra estádios de futebol; muito pelo contrário, mas, educação não importa?
Não é o caso de chamar o Var?
Agora mesmo, chama a atenção o aviso de licitação publicado pela Secretaria de Esporte e Lazer publicado no Diário Oficial do Estado visando contratação de empresa especializada para a reforma e revitalização do Estádio Maximino Porpino, em Castanhal. A concorrência é do tipo menor preço, mas a empresa vencedora vai embolsar nada mais, nada menos do que R$ 11,500 milhões pela obra. É pouco diante dos gastos previstos na reforma do Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém, ao preço de R$ 90 milhões, e menor ainda no caso do Mangueirão, em Belém, que custará a fortuna de R$ 145,9 milhões, o que totaliza mais de R$ 251 milhões de investimentos do governo do Pará em estádios de futebol.
Ministério publica página sobre
avanços do Norte Conectado
O Ministério das Comunicações lançou página especial em seu portal para divulgar a implantação do programa Norte Conectado e mostrar o processo de levar conectividade à região Amazônica. No espaço, o internauta poderá acompanhar a implantação da Infovia 00, que irá conectar Macapá, no Amapá, a Alenquer, passando pelos municípios paraenses de Almeirim, Monte Alegre e Santarém, por meio de um cabo submerso de fibra óptica de 770 km. Até o momento, soma-se mais de 88 horas de navegação e mais de 518 quilômetros de cabo implantados. A página também conta com um mapa com os números de quilômetros já percorridos e de cabo implantados.