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Redes sociais: fatiamento da administração em Ananindeua é tiro no pé do prefeito Daniel Santos

Dia 17 de setembro, de 2021, 12 horas

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As redes sociais em Ananindeua andam batendo pesado no prefeito Daniel Santos, cuja carreira política começou, efetivamente, com a conquista de vaga à Assembleia Legislativa com impressionantes 100 mil votos e a pecha de “traição”, que lhe foi atribuída ao largar o PSDB do então governador Simão Jatene para se acomodar na tipoia do candidato Helder Barbalho aos 45 minutos da etapa complementar das eleições. Agora, Dr. Daniel é acusado de fatiar a administração municipal para fins políticos, pouco se lixando, de fato, com o interesse público. É o caso, por exemplo, da Secretaria de Serviços Urbanos do município, entregue ao polêmico deputado federal Olival Marques, eleito com 135 mil sob as orações do pai, o pastor Gilberto Marques, presidente da poderosa Convenção Interestadual de Ministros e Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Estado do Pará, a Comiadespa.

Parece assédio moral

Como em outros pontos dos rincões paraenses, a Assembleia de Deus e seus pastores abriram uma espécie de “puxadinho” onde se misturam fé e política, como é o caso de Ananindeua. O pastor Olival Marques indicou e obteve a nomeação do secretário de Urbanismo do município, que depois foi substituído por outra indicação do deputado federal, provavelmente mais afinada com seus interesses políticos. Desde então, dizem, o setor desandou. Nas redes sociais, as informações dão conta de que “ninguém consegue trabalhar sossegado” na Secretaria (veja imagem), desde que “o prefeito largou a Seurb com a turma do Olival”, que estaria “detonando com a gestão” O caso passa por assédio moral, no português claro, sob a batuta política de Olival Marques.

O federal evangélico

Olival Marques é deputado federal pelo DEM e um dos destacados membros da igreja conduzida pelo pai. Sua atuação e comportamento em Brasília são considerados pouco ortodoxos para um homem de fé. Dedica especial atenção à liberação de emendas parlamentares que apresenta e cobra – cobra a aplicação dos recursos – e mantém escritório em Brasília comandado por pessoa que diz ser “irmão”. Tão irmão que essa pessoa foi afastada do gabinete da Câmara para dar expediente exclusivo no escritório.