Monte Alegre, região do Médio Amazonas, se destaca pela produção de Feijão Manteiguinha, que recebe assistência técnica do escritório local da Emater/Agência Pará

Parece que o circo de horrores montado na Emater, a empresa de extensão rural do Pará, não tem data para acabar: agora, obreiros juram de pés juntos que o Escritório Regional do Médio Amazonas, sediado em Monte Alegre, destaque no apoio à produção do festejado Feijão Manteiguinha, será o primeiro de alguns a serem fechados. No total, são 12 escritórios regionais responsáveis por desenvolver importantes trabalhos de assistência técnica e extensão rural em favor de pequenos produtores do Estado. 

Pequeno produtor
cai no esquecimento

“Ao invés de universalizar as ações da empresa, ante as dimensões territoriais do Pará, os atuais dirigentes da Emater, de forma irresponsável e incompetente, focam exclusivamente na caça a votos, fazendo pouco caso dos reais interesses dos pequenos produtores, que sempre tiveram na empresa o bom suporte para produzir”, diz um indignado técnico da empresa.

Reagentes químicos
se perdem em Bragança

A gestão também fechou um contrato de R$ 275 mil para serviços de sanitização de ambientes, mas, vejam só, a contratada fez apenas um singelo spray com exata duração de 10 minutos. Por outro lado, desprezados em Bragança,  alguns reagentes químicos adquiridos na gestão anterior para o laboratório de solos ainda não foram utilizados e estão prestes a vencer. Tudo dinheiro público saindo pelo ralo. 

Dinheiro retido em
caixa sem explicação

Avessa aos critérios de meritocracia, a Emater conta atualmente com mais de R$ 400 mil em caixa, oriundos da taxa de Ater, paga à empresa pela elaboração de projetos de créditos e emissão de laudos junto ao agente financeiro, e que deveria ser utilizado em atividade de campo. Contudo, o montante segue “retido” há mais de dois meses, prejudicando os escritórios locais, que ficam sem recurso para manutenção interna e o próprio técnico, uma vez que receberia gratificação pelo desempenho.