Gestão de Dom Miguel Giambelli assinou o contrato de cogestão com a Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Terezinha, na pessoa da Irmão Estelina Oliveira, e que caducou em 1996, na gestão de Dom Luís Ferrando, que hoje tem como bispo coadjutor o paraense Dom Possidônio da Mata, que nada pode fazer/Fotos: Divulgação.

O estado de transe, digamos assim, pelo qual passa a Diocese de Bragança e seu conglomerado de empresas fundado pelo bispo Dom Eliseu Corolli, que vai desde o segmento de comunicação, passando por educação e saúde, abrangendo restaurantes e hospedagens, centenas de imóveis alugáveis, fitness e mais alguns penduricalhos começou, na verdade, segundo estudiosos da Igreja Católica na região, em 1996, durante gestão considerada muito ‘flexível e frouxa’ do bispo emérito Dom Luís Ferrando,  hoje com 80 anos, em governo que durou 20 anos. 

Antes dele, governou a diocese, por 16 anos – desde 1980 -, com mão de ferro, o duríssimo bispo oriundo da Congregação dos Barnabitas, que foi pároco da Basílica de Nazaré, Dom Miguel Giambelli, que não hesitava em aplicar os rigores da sua disciplina aos seus próprios pares, afastando quaisquer integrantes que ousassem desafiar sua autoridade. 

Contrato de cogestão

Curiosamente, foi no governo dele que se estabeleceu o contrato de cogestão do Hospital Santo Antônio Maria Zacaria, fundado e constituído pela Congregação dos Barnabitas, com as Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, também fundada pelos barnabitas, entregando-se a gestão à então jovem Irmã Estelina Oliveira.  O contrato de cogestão inicialmente tinha prazo para encerrar em 1996. Porém, a gestão considerada ‘frouxa’ de Dom Luís Ferrando tratou a questão de forma desidiosa e a bomba caiu no colo do atual bispo, o agostiniano Dom Jesus Berdonces, 70 anos de idade.

Perda de controle

Daí os comentários de que, na vera, a Diocese de Bragança já teria perdido a propriedade do hospital, que pertenceria à Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha, o que explicaria a desenvoltura da atual gestora e o silêncio e abstenção dos três bispos da diocese, incluindo a recém-nomeado Dom Possidônio da Mata.