Estudo aponta que superlotação de presídios, chegada de facções criminosas e a presença de milícias contribuíram para o aumento do índice de violência no Norte e no Nordeste do País/Fotos: Divulgação.
Estado conta com sete cidades na lista, puxadas por Jacareacanga, área de exploração de garimpos, na região do Alto Tapajós, com taxa de 199,2 mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes, seguida de Floresta do Araguaia, Cumaru do Norte, Anapu…
Dados de 2022 catalogados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com informações de outras instituições, como o Observatório de Segurança Pública, apontam que das 30 cidades mais perigosas do Brasil, 28 ficam nas regiões Norte e Nordeste – Amazonas, Maranhão, Sergipe, duas em Pernambuco, cinco no Rio Grande no Norte, cinco no Ceará e seis na Bahia.
O Pará aparece no topo da lista com nada menos do que sete cidades entre as 30 mais violentas do Brasil, assim classificadas: Jacareacanga (2º); Floresta Do Araguaia (4º); Cumaru Do Norte (14º); Anapu (18º); Senador José Porfírio (19º); Novo Progresso (21º); e Bannach (26º).
Os critérios observados pelo Fórum de Segurança Pública na definição da lista consideram os relatórios fornecidos pelas Polícias Civil, Militar e Federal das unidades federativas em relação a todos os homicídios violentos registrados por município.
Fatores como a superlotação de presídios, a chegada de facções criminosas e a presença de milícias contribuíram sensivelmente para o aumento do índice de violência no Norte e no Nordeste do Brasil, como já diagnosticado desde 2017 pelo Atlas da Violência.
Jacareacanga, na região do Tapajós, onde impera o garimpo ilegal, é a cidade mais violenta do Pará, com taxa de 199,2 mortes violentas intencionais a cada 100 mil habitantes. Floresta do Araguaia, Cumaru do Norte, Anapu, Senador José Porfírio, Novo Progresso e Bannach, todas palco de conflitos agrários, também possuem taxas acima de 180 mortes por 100 mil habitantes.