Governo do Pará “nada” em
dinheiro, mas denúncias de
malfeitos são crescentes

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Terça-feira, 27 de abril de 2021

Nunca, jamais, em tempo algum o Pará viveu sob um governo com orçamento tão expressivo quanto o atual, graças a repassses federais para o combate à pandemia, de bancos nacionais e internacionais, empréstimos polpudos aprovados pela Assembleia Legislativa (foto) e recursos oriundos das taxas de mineração. Helder Barbalho tem controle de tudo, mas há denúncias aos borbotões sobre malfeitos tanto no governo quanto de auxiliares próximos, alguns – presos – supostamente com a participação do governador. Nos dois casos, é desassossego para tirar o sono às vésperas de uma eleição.

Novo escândalo

De escândalo em escândalo, o governo do Pará contabiliza mais um: denúncia do MP contra a Prefeitura e a Câmara de São Miguel do Guamá pela contratação do escritório de advocacia Mendes e Mendes, publicada no blog da jornalista Franssinete Florenzano. O dito escritório é administrado pelos advogados Diorgeo Diovanny Stival Mendes da Rocha Lopes da Silva e Ilton Giussepp Stival Mendes da Rocha Lopes da Silva, este, ninguém menos que o atual presidente do Igeprev e ex-auditor-geral do Estado.

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OS se arrasta

A OS Pará 2000, que desde 2018 soma seis presidentes, dá mostras de que se arrasta e por isso o modelo de negócio de equipamentos administrados pela OS sofre de inoperância. Um deles é o Parque Estadual do Utinga (foto). Sem conseguir dialogar com órgãos como Ideflor para ajustar a dinâmica de atuação, a OS, que parece acreditar que administra um shopping-center, não consegue sequer honrar contratos com as terceirizadas.

Vende-se tudo

Em janeiro deste ano, a Pará 2000 propôs desconto de 20%, até o mês de maio, no valor real dos alugueis, sob a justificativa da intensidade das chuvas, mas sem considerar que o inverno tem esticado até junho e julho. Além disso, os iluminados da OS se esqueceram da pandemia e seus efeitos, que se arrastam desde o ano passado. Resultado: o bem mandado sobrinho de Antonio espreme o espaço no que pode e entope o parque de “vende-se tudo”.

Efeito CPI?

Como explicar a queda de 19,5%, em duas semanas, no número de mortes diárias por Covid-19 no País, conforme a média móvel de sete dias registrada pela Fundação Oswaldo Cruz? Segundo o boletim Monitora Covid, da Fiocruz, a média de óbitos caiu de 3.101 em 11 de abril para 2.495, no último sábado. Quase inexplicável, mas, enfim, animador.

Pega leve

Estudo desenvolvido pela Ufra aponta que o cenário da Covid-19 no Pará é menos agressivo em relação ao restante do País. Análise do índice de mortalidade demonstra também que a doença é menos letal em 131,03% que a média nacional. O índice de contaminação também é 37,02% menor. Segundo a Universidade, a menor agressividade do novo coronavírus está diretamente associada ao atendimento médico disponibilizado e ao uso de ferramenta de inteligência artificial que analisa indicadores para prever cenários e demandas na rede pública de saúde.

Mais

De acordo com o levantamento, o índice de infecção da Covid-19 no Pará, na  projeção por 100 mil habitantes, está no patamar de 30,27 novos casos-dia, enquanto a média nacional é de 44,07 casos. Quanto ao índice de letalidade, o Pará apresenta 0,87 óbitos, enquanto a média nacional é de 2,01. As projeções também consideram o quantitativo 100 mil habitantes. Os dados desenvolvidos e analisados pela Ufra são utilizados pelo Comitê Técnico e Científico criado pelo governo para avaliar o enfrentamento da pandemia.

A “casinha”

O que se diz é que o vereador Fernando Carneiro, do Psol, liderou moradores do bairro Pratinha, na última sexta, concentrados em frente ao 8º Quartel do Exército, a três quilômetros da Base Aérea, na arquitetura de suposta “casinha” armada para o presidente Bolsonaro por ocasião da cerimônia de entrega das 460 mil cestas básicas aos municípios do Pará. Advertida em pleno voo Manaus-Belém, a comitiva alterou os planos.

Notícia falsa

Esse cenário teria sido montado com ajuda de fake news atribuídos ao partido do prefeito Edmilson Rodrigues – e parceiros -, segundo as quais Bolsonaro entregaria 50 mil cestas básicas a moradores do bairro. Traídos pela fome em tempos de pandemia, os moradores cederam e se armaram para o protesto. A ser verdade, fica mais uma vez provado como a classe política é hábil em enganar e empurrar o gado para onde bem entende. E só.

Tal e qual

O presidente Bolsonaro apostou na vitória do colega Donald Trump e se deu mal. Muitas das suas ações remetem aos presidentes da Rússia, Vladimir  Putin, e da Turquia, Recep Erdogan, que desejam se perpetuar no poder nem que seja através da força. Bolsonaro alimenta e incentiva figuras do País com atuação em operações militares, garimpos de barranco, devastadores de florestas,  grileiros e aventureiros. Não à toa fala-se sobre o impeachment do presidente, mas a emenda pode ser pior que o soneto.

Volta às aulas

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Pará informa que, de acordo com a mudança de bandeiramento de vermelho para laranja em Belém e Região Metropolitana, as unidades de ensino voltam a desenvolver suas atividades letivas em sistema híbrido, com rodízio de alunos nas aulas presenciais, mantendo um número limitado nas salas, e em aulas online. Explica-se: com a mudança de bandeiramento, a liminar que proibia o retorno de professores às escolas perdeu o efeito.

Contra malária

Por ocasião do Dia Mundial da Luta Contra a Malária, domingo, o Projeto Novo Estado, da Engie Brasil Energia, reforçou ações para o controle da doença no Pará e Tocantins. Aos municípios na área de influência do projeto, em ambos os Estados, foram doados microscópios, bombas de borrifação intradomiciliar, computadores e materiais para campanhas educativas, segundo prevê o plano de ação da empresa de combate à doença.

  • O governo federal listou 23 acusações para serem investigadas pela CPI da Covid, enquanto a própria Comissão listou apenas 18. Se isso não é “confissão premiada” é algo parecido com “Eu me rendo!”
  • Cidadão chega na portaria da Secretaria da Fazenda do Pará e, sem nenhum controle, acessa às dependências,  percorre salas e cumprimenta alguns servidores.
  • Em nova visita, o cidadão chega e, novamente sem nenhuma ação da portaria, segue pelos corredores, cumprimenta servidor pelo nome, pede para usar computador – por mais de 30 minutos – e vai embora. Ninguém conhece o visitante.
  • Sem nome para disputar a presidência da República, o MDB aponta para uma união com o PT, sob as bênçãos dos senadores Renan  Calheiros e Jader Barbalho, e do governador Helder Barbalho, que volta e meia manda “bater” no governo federal.
  • O ex-deputado e ex-ministro Carlos Marun, do MDB, pediu demissão  do cargo de conselheiro da Itaipu, indicando que seu partido será adversário de Bolsonaro em 2022.
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  • A “pirralha” Greta Thumberg (foto), ativista ambiental sueca de 18 anos, que ousou peitar o presidente Bolsonaro, diz que o Brasil é fundamental nessa política de inversão de valores e quer vir aqui  e conhecer a Amazônia.
  • Desde a última sexta, as escolas particulares do Estado estão autorizadas a retornar suas atividades presenciais, seguindo os protocolos e normas sanitárias exigidas.
  • A Câmara Federal deve votar nesta semana o projeto que institui o Cartão Nacional de Vacinação On-Line, que será vinculado ao CPF do paciente e com acesso disponível em todas as unidades de saúde instaladas no País.
  • O projeto que permite o uso de leitos de hospitais militares para pacientes vítimas da covid-19 é outro que pode ser votado pelos deputados, assim como o que regulamenta a profissão de agente indígena de saúde.
  • O presidente americano, Joe Biden fez mais que seu antecessor em cem dias de governo, Donald Trump, cuja comparação com Bolsonaro não é mera coincidência: ambos levantam muros e destroem pontes.
  • Em um país de quase 350 milhões de habitantes, 200 milhões de vacinas contra a Covid-19 já foram aplicadas em todas as faixas etárias e o ritmo continua intenso.
  • A fim de alavancar a economia e atender a população de baixa renda, Biden liberou  US$ 1,9 trilhão e alcançou crescimento econômico de em mais de 6%, enquanto o Brasil não passa de 2%.
  • Biden chamou para si o compromisso com o meio ambiente, prometendo diminuir a emissão de gases  de efeito estufa no país que mais consome combustível fóssil.