Pastor Max é mais um dos candidatos apoiados pelo governador Helder Barbalho que, pelo visto, está mais preocupado em evitar a eleição de adversário do que eleger um dos seus indicados/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.

A engenharia política articulada pelo governador Helder Barbalho passou a mirar exclusivamente a desidratação da candidatura de Mário Couto ao Senado. Velho adversário da família – contra quem desferiu ataques figadais quando ocupava uma das vagas do Pará no Senado -, Mário Couto é tido como bem cotado no segmente evangélico, ao contrário do deputado federal Beto Faro que, mesmo com apoio do governador, vê sua candidatura ameaçada pelo próprio partido, o PT.

A ideia do governador é pulverizar os votos dos evangélicos e dos conservadores e para isso negociou a candidatura do pastor Max, oriundo da Igreja Assembleia de Deus, pelo PRTB. A decisão de Helder tem lá suas razões, dentro da lógica de tirar votos de Mário Couto: pastor Max foi pinçado por conta da grande resistência na denominação evangélica à imposição de Beto Faro, a  ponto de provocar um racha – e o governador prefere não correr riscos.

Segundo fontes da coluna, como há um compromisso do Helder, uma vez que o nome de Beto Faro foi demonizado entre evangélicos e conservadores, a alternativa foi lançar um nome da denominação. A crença é de que pastor Max vai tirar votos do Mário Couto e, indiretamente, favorecer a candidatura de Beto Faro. Nesse cenário, parece que o governador já cravou suas preferências, a menos de três meses das eleições: Beto Faro, Flexa Ribeiro, Manuel Pioneiro e pastor Max, exatamente nessa ordem. Pior para a República de Ananindeua.

Observatório da coluna

De um leitor atento: Silvia Letícia, a presidente licenciada do Sintepp Belém, mantém a vocação oposicionista que fez nascer o Psol e o fez crescer, lutando por um poder hipotético e futuro. Faz parte de uma corrente plebeia no partido. Representa trabalhadores pobres que ascenderam à condição de liderança no exercício da luta de classes prática.

Então, eles são “yuppies”…

O grupo do prefeito Edmilson Rodrigues, no entanto, é um grupo de classe média. Almeja o poder agora e usufrui dele, de cima abaixo. São burocratas partidários, instalados em mandatos, órgãos públicos e na academia desde sempre. São yuppies, como Juliano Medeiros, presidente da legenda. Possuem formação universitária, trabalham no movimento social exercendo suas profissões de formação – jornalistas, administradores, advogados – e seguem as últimas tendências da moda.

Não se aproximaram de Lula pelo desejo de “lutar pelo socialismo”, mas para controlar o Ministério das Cidades e continuar a viver como executivos endinheirados da ‘causa’ que dizem defender.

Papo Reto

Divulgação
  • Belém virou uma cidade tecnológica, por assim dizer, embora a tecnologia celular continue muito ruim, quando não, péssima. As operadoras vendem gato por lebre impunemente.
  • Quando se trata de futricar a vida alheia, porém, são outros quinhentos. É mais quem está fazendo uso de bloqueadores de altíssima tecnologia instalados em residências e escritórios.
  • No inabalável “circo” de Conceição do Araguaia, onde a saúde agoniza na UTI e o povo morre nas filas, neste final de semana o show será de Gustavo Lima & Cia (foto), com gastos acima de R$ 2 milhões.
  • Em outros Estados brasileiros, espantado com o tamanho da gastança, o Ministério Público tratou de botar o dedo no suspiro de muitos prefeitos.
  • Em mais uma operação contra o garimpo ilegal no Pará, a PF destruiu balsas e motores e apreendeu ouro e munições em terra indígena no sul do Estado.
  • A Aneel aprovou a revisão tarifária que reduz tarifas de dez distribuidoras. O efeito médio a ser percebido pelos consumidores residenciais varia de 0,5% a 5,34% de redução. O Pará está fora.
  • O Brasil poderá ficar até 50 dias sem importar diesel, já que acumulou 1,6 milhão de metros cúbicos de estoques.
  • Perguntar não ofende: em tempo de redes sociais ferinas, deputado-candidato que sequestra e toma posse da mulher de aliado tem alguma chance de vencer?
  • Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro Paulo Guedes disse que a proposta que cria estado de emergência para ampliar pagamento de benefícios sociais é “exercício de responsabilidade social”.
  • Lançadas em 2021, as modalidades saque e troco, do Pix, movimentaram até aqui R$ 122,1 milhões.
  • Aprovada no Congresso a Lei de Diretrizes Orçamentárias, sem impositividade das emendas do relator. As emendas somam R$ 16,5 bilhões no Orçamento deste ano, mas podem chegar a R$ 19 bi ano que vem.