Atual reitor, professor Emanuel Tourinho não é considerado um agregador, e deverá ter como adversários contra seu sucessor, o atual vice, ex-auxiliares que sua administração deixou pelo meio do caminho desde que assumiu o cargo/Fotos: Divulgação.

Ao contrário do que alguns analistas “chapa branca” insistem em analisar – ou dar como tal -, a eleição prevista para maio do ano que vem para eleger os novos dirigentes da UFPA serão acirradas e polarizadas, mesmo que desta vez a polarização esteja circunscrita à esquerda, reflexo inquestionável da recente eleição presidencial. 

 Engana-se quem pensa que a esquerda permanece unidade no Campus do Guamá depois da eleição do presidente Lula. Isso ficou no passado e agora a disputa será apenas entre os militantes agrupados no entorno do atual reitor, Emanuel Tourinho, e os que estão na expressiva oposição ao magnífico.

Sem terceira via

Como se sabe, professor Tourinho não foi exatamente um agregador ou um aglutinador durante seu mandato, que está em reta final.  Só para se ter uma ideia, todos os seus ex-pró-reitores defenestrados do Olimpo hoje lhe fazem ferrenha oposição.  Vai daí que não haverá espaço para a tão famosa “terceira via” e o desafio será compor as atuais quatro ou cinco candidaturas já postas pela oposição para evitar uma pulverização que venha a beneficiar a candidatura oficial ungida pelo terceiro andar do prédio da Reitoria da UFPA.

Sem garantia de uso

Aliás, a esse respeito não é garantido que o nome do atual vice-reitor Gilmar Pereira, esteja confirmado como o candidato da situação, bem ao estilo Tourinho. 

Campanha da Fraternidade
sob intenso bombardeio por
conta do tema do ano: fome

A Campanha da Fraternidade 2023, promovida pela CNBB, ainda nem decolou – o lançamento ocorre hoje, Quarta-feira de Cinzas – e já está sob intenso tiroteio nas redes sociais. Neste ano, a campanha adota o tema da fome no Brasil e isso bastou para disparar a intensa campanha de desconstrução na internet, justamente questionando a fome.

Os movimentos conservadores detonam a campanha a partir do tropeço da ministra Marina Silva, ao afiançar a existência de 120 milhões de esfomeados, simplesmente metade da população do País, em recente evento internacional.

Menos, menos…

Leitor da coluna se deu à leitura dos documentos da CNBB subsidiando a campanha e de fato se deparou com a verborragia de sempre sobre o tema, adotando, coincidentemente, os mesmos jargões sobre o assunto.

Por essas e outras é que falecido arcebispo, expoente do clero tradicionalista nacional, dizia aos quatro ventos que padres católicos brasileiros deveriam ler mais a Bíblia e menos os documentos verborrágicos da CNBB.