Sem querer ser pessimista ou coisa que o valha: a impressão que se tem no curso do noticiário da TV Liberal – primeira edição do “Bom dia, Pará” – é de que a Prefeitura de Belém ou está financeiramente quebrada ou a caminho disso. É de dar dó: do centro da cidade à periferia, as reportagens desfiam uma infinidade de problemas que afetam diretamente a comunidade, enquanto para todos eles a prefeitura oferece as mesmas respostas, no mais das vezes acrescentando que “espera recursos” para as providências devidas. Nessa ladainha há que se reconhecer o zelo da reportagem ao oferecer espaço às manifestações das secretarias municipais e aos profissionais que se apresentam para responder: up to date – mas os velhos problemas seguem avançando sobre o novo ano.
Do Portal da Amazônia à periferia,
falta régua para medir problemas
Um dos temas levantados pelos repórteres da TV envolve o Portão da Amazônia, na Cidade Velha, onde frequentadores se queixam de calçamento danificado, equipamentos de uso público quebrados, arenas esportivas alagadas e lixo, mato e lama em abundância. Em outros pontos da cidade aparecem os buracos abertos pela Cosanpa e apenas aterrados, oferecendo mais problemas à mobilidade urbana. Na Pedreira, salta aos olhos a quantidade de lixo atravancando o trânsito e gerando os problemas conhecidos. Na periferia, nem pensar: ruas intransitáveis, lixo, mato, lama, buracos e promessas de providências que nunca chegam. Bem, ao menos no item ação a prefeitura está quebrada.
Lei abre orla das cidades
à construção de espigões
O presidente Bolsonaro decidiu que vereadores podem definir sobre a utilização de margens dos rios para empreendimentos comerciais e moradias em suas cidades, respeitando a decisão das Secretarias de Meio Ambiente, que geralmente não podem mais que o Legislativo. Essa lei põe em risco áreas de proteção ambiental, as matas ciliares e o clima em geral, porque implica no silenciar do vento leste e a construção de espigões nas orlas. Boa parte dos vereadores já se decidiu sobre o consentimento, alegando que o progresso é inexorável. Dizem que tem muito dinheiro de empresas interessadas nesses projetos e muito vereador querendo ser deputado. Em ano eleitoral, o circo está armado.
Bancos oficiais ganham
muito, mas oferecem pouco
A Caixa Econômica, detentora da maior fatia de contas bancárias no País, atendendo empresas de todos os tamanhos e milhões de segurados em geral, deveria ser mais ágil em seus serviços e diminuir a burocracia que tanto emperra a máquina pública. Tudo bem que parte do povo brasileiro não colabora, armando esquemas de corrupção nos programas sociais e aberrações propiciadas pela classe política com base na infame “Lei de Gérson”, pela qual há que se levar vantagem em tudo. Mais: a Caixa Econômica não está sozinha na contramão da modernidade: tem a tiracolo o primo-irmão Banco do Brasil.
Papo Reto
- Antes que o secretário de Saúde Rômulo Rodovalho (foto) leve um susto: a OS Instituto Mais Saúde, cujo contrato de gestão do Hospital Abelardo Santos se encerra dia 7 agora, já distribuiu a informação de que fará novas demissões de funcionários.
- Bem que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderia espichar os olhos para alguns supermercados da Grande Belém, onde as prateleiras exibem algumas marcas azeite de cozinha adulterado.
- A Belo Sun Mineração anuncia que concluiu as discussões com o Incra sobre a sobreposição de terras do Projeto Volta Grande com o Projeto de Assentamento Ressaca e Gleba Ituna.
- O contrato de concessão de uso de terra resolve uma sobreposição entre uma pequena porção de terra do Incra e a área que será afetada pelas operações do Projeto Volta Grande.
- Por meio do acordo, o Incra fornecerá a Belo Sun acesso às terras designadas para atividades de mineração por 20 anos.
- Página do Conselho Brasileiro de Oftalmologia traz interessantes orientações sobre como cuidar corretamente da visão, além de alertas contra informações duvidosas que circulam nas redes sociais.
- Cientistas criaram um robô com “energia infinita”. São pequenos artefatos que se movimentam em um ambiente líquido sem eletricidade.
- Os nanorrobôs inauguram uma nova era no desafio de administrar medicamentos de forma eficiente “direto no ponto vital”, através corrente sanguínea.