Como grande parte do funcionalismo do Ministério Público do Pará, os analistas, considerados ‘carregadores de piano’ do MP, festejaram, ainda que de maneira muito discreta, a eleição do Procurador-Geral de Justiça, César Mattar Júnior, à presidência do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais, em acirrada disputa com o PGJ de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior. Na refrega ‘branca’ entre juniores, o paraense levou a melhor: 16 votos a 14. Mais comemorações, mas nem tanto.
No Pará, entre comentários sobre a eleição e questões de ordem mais profissional e pessoal, os chamados ’carregadores de piano’ do MP preferem se ater ao fato de que o PGJ não conseguiu, até hoje, apresentar um plano da carreira para esses profissionais, preferindo concentrar esforços, segundo se comenta, em favor dos promotores e procuradores.
Os analistas, um poço até aqui de mágoa e muito trabalho a fazer – nem todo promotor trabalha como deveria e via de regra sobra para eles -, acabam sendo submetidos a uma situação de exploração e sem o devido reconhecimento da direção do MP. E isso é recorrente: nenhum procurador de Justiça se preocupou, até hoje, em instituir o tal plano.
Então, se é verdade que atual Procurador-Geral é diligente e prestigiado, seria o momento também de reconhecer e valorizar os servidores do Ministério Público. Afinal, justiça começa dentro de casa.
Justiça do Pará entope
e-mails de advogados
com informações repetidas
O Processo Judicial Eletrônico do Tribunal de Justiça do Pará, apontado pelos usuários como ‘lento’ ou por ‘estar fora do ar’, passou a operar, nos últimos dias, no modo push, com velocidade de informações nunca vista antes. Até agora nada foi esclarecido quanto ao motivo de tantos e-mails enviados aos advogados – alguns recebendo mais de uma centena, no mais das vezes os mesmos informes sobre processos, repetidamente.
Assim, advogados perdem tempo precioso esvaziando a caixa de entrada de seus e-mails, alguns como se fosse a última movimentação processual. Embora o push seja apenas uma ferramenta informativa, sempre é um norte na tramitação do processo.
Mais estranho de tudo é o silêncio do Tribunal de Justiça, responsável pelo sistema, e da seccional da OAB, representante dos advogados, maiores usuários do sistema PJe.
Esclarecer importa.