
A distribuição do Fundo Eleitoral do Psol no Pará corre para se transformar em uma enorme dor de cabeça política e jurídica para o comando da legenda, que tem à frente o grupo político Primavera Socialista, liderado pelo prefeito Edmilson Rodrigues. As candidaturas que irão receber apenas ‘cota de panfleto e adesivo” vão entrar na Justiça Eleitoral exigindo transparência e isonomia na distribuição dos recursos. A candidatura coletiva liderada pela professora Silvia Leticia avisa vai acionar a Ouvidoria Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral.
Artigo do Código Eleitoral tipifica como crime eleitoral as condutas de “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher, cor, raça ou etnia com a finalidade de impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral ou desempenho de seu mandato eletivo”.
Nota pública
Sob o título “Quem paga a banda escolhe a música”, circula nas redes sociais desde o início da semana nota pública dando conta de que “o Psol do Pará recebeu mais de R$ 1,225 milhão para financiar a chapa de deputados estaduais do partido. É verdade”. E segue:
“Enquanto as candidaturas do grupo político do prefeito Edmilson vão receber mais de R$ 1 milhão, nossa campanha receberá o mínimo possível. Querem nos fazer desistir do objetivo de representar os servidores públicos e a população pobre e trabalhadora na Assembleia Legislativa. Nenhum passo daremos atrás.
Será a campanha do milhão contra o tostão. Contamos com você, trabalhador e trabalhadora, do serviço público ou não, para ajudar com sua contribuição voluntária a financiar nosso projeto”.
Razão do boicote
Conforme a coluna antecipou, o boicote financeiro à candidatura para deputada estadual da professora Silvia Leticia partiu da pessoa do próprio prefeito Edmilson Rodrigues, que resolveu abrir guerra também contra o Sintepp Belém devido à entidade haver denunciado as péssimas condições das escolas municipais no retorno às aulas.
Volta às aulas
O sindicato prepara dossiê sobre as escolas para oferecer denúncia e exigir providências do MP. Segundo a entidade, escolas como “Cordolina Fontelles” (Pratinha), “Nosso Lar” (Tapanã), “Cristo Redentor” e “Padre Leandro” (Coqueiro) e a Escola Municipal de Mosqueiro (Caranamduba) estão funcionando sem nenhuma condição de uso.