Bombardeado por reclamações de dez em cada dez clientes, o Banpará tenta recuperar o fôlego depois da última gestão: agora, a pressão é contra servidores, mas a instituição, que só pensa em faturar, não oferece condições ideais de trabalho e tem a cobertura do antes combativo sindicato da categoria/Fotos: Divulgação.

Desde que o outrora poderoso e combativo Sindicato dos Bancários do Pará “sentou para um cafezinho” com a diretoria do Banpará, os funcionários passaram a comer “o pão que o diabo amassou”, para ficar no campo das metáforas. Parecia até que a luz se acendera no fim do túnel das insatisfações geradas e vividas por obra e graça da temerária administração Braselino. Ledo engano; a situação ficou até pior. Agora, a nova gestão chamou a cavalaria – um batalhão de jovens impetuosos e inexperientes entronizados na gestão para fazer das tripas, coração dos funcionários e garantir o “alto nível” de funcionamento do banco, evitando a fatal redução a pó do valor das comissões pagas a gerentes de agências,  gerente-geral, gerentes de Negócios, gerentes de Atendimento, gerente de Serviços Internos e o escambau a quatro.

Assédio moral

Esses novos gerentes – alguns deles com idade abaixo de 22 anos -, estão a postos para cobrar, ignorando que o banco, praticamente operando com equipamentos sucateados tanto no atendimento ao público externo quanto internamento, não respeitam idade, nem tempo de serviço, e usam até o infame assédio moral para cumprir as ordem de cima. A pobreza de ações é tão grande que uma das providências foi cortar o cafezinho dos funcionários – diferente daquele que embalou os acordos entre a diretoria do banco e o sindicato. A pressão sobre os caixas para agilizar o atendimento com computadores emperrando e sistema fora do ar ora sim, outra também não tem limites.

Toma lá dá casa

Nas redes sociais da Associação dos Funcionários do banco aparecem postagens sobre a atual situação, enquanto nas agências corre solta a informação de que sindicato “é comprometido com o banco pela troca de favores, se cala e a associação, banida pelo banco, perdeu a voz”.