Reunião da vice-governadora eleita, Hana Ghassan, como sua equipe de trabalho, semana passada, e a publicação do Diário Oficial do Estado, hoje, atribuindo à Casa Civil poderes antes conferidos à Secretaria de Planejamento/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Diário Oficial do Estado.

Na última semana, a vice-governadora eleita, Hana Ghassan, postou imagens nas redes sociais reunida com integrantes de sua longeva equipe de trabalho a pretexto de discutir planejamento, mesmo na ausência do governador Helder Barbalho, que ainda se encontrava no Egito, participando da COP 27. Foi de lá, para quem não lembra, que o governador autorizou a vice-governadora a discutir com prefeitos a questão da gratuidade dos ônibus para estudantes que se submeteriam às provas do Enem, mesmo tendo passado o cargo, como manda a regra, para o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão Melo.  

Confraria de auxiliares

O fato chamou a atenção dos observadores da cena política no Estado, uma vez que emprestava ao vice-governador em exercício de direito função meramente figurativa, além do que Hana sequer assumiu o posto para o qual foi eleita. Chamou igualmente a atenção a reunião promovida com sua equipe de trabalho, a maioria oriunda, como ela, da gestão de Helder Barbalho na Prefeitura de Ananindeua. Participaram da reunião com Hana a secretária de Educação, Elieth Braga, o secretário de Planejamento e Administração, Ivaldo Ledo, que substituiu Hana no cargo e o auditor fiscal Marcos Matos, ex-secretário de Helder em Ananindeua e ex-diretor da CDP quando Parsifal Pontes era presidente e Helder, ministro dos Portos, entre outros.

Na corda bamba

Desse grupo, Elieth Braga e Ivaldo Ledo têm sérios problemas na gestão nas respectivas secretarias e são apontados como fora da equipe de Helder no novo governo, o que pode ser apenas especulação, até porque o governador já antecipou que não fará mudanças significativas no grupo de auxiliares, mas há divergências e pressões internas – e é justamente a parte da equipe de trabalho que Hana quer preservar no governo, segundo rumores saídos do Palácio do Governo.   

Ligando as pontas

Ontem, surpreendentemente, o Diário Oficial do Estado publicou decreto do governador atribuindo à Casa Civil competência para autorizar concursos públicos e a contratação e exoneração de temporários no âmbito na máquina pública, fato que acendeu a luz amarela no governo, função que, tecnicamente, cabe à Secretaria de Planejamento e Administração, de onde Hana saiu e deixou Ivaldo Ledo como titular. A questão é saber se uma coisa tem a ver com a outra. O tempo dirá.

Papo Reto

Divulgação
  • O ex-deputado federal Zé Geraldo, do PT, participa da equipe de transição da nova gestão Lula na temática Infraestrutura, mas vem sendo um dos nomes ventilados para a presidência Incra.
  • Nessa corrida, Zé Geraldo deve sofrer a concorrência de Carlos Guedes (foto), economista e analista de carreira do Instituto.
  • Guedes foi presidente do Incra e ministro do Desenvolvimento Agrário em gestões anteriores do partido.
  • No Pará, Guedes foi delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário, coordenador da equipe técnica de transição do governo Ana Júlia e secretário de Planejamento do Estado no governo petista.
  • A comunidade da Baia do Sol, na Ilha do Mosqueiro está às escuras. As lâmpadas dos postes de iluminação queimam e não são trocadas.
  • Os moradores temem pela segurança deles e dos parentes que precisam sair à noite para escolas e até buscar ajuda em uma unidade de saúde.
  • No último domingo de Enem, a Semob deu mais uma demonstração de que é na hora do rush que a fiscalização some do mapa.
  • Parece que a prefeitura trabalha para colocar de Belém para ganhar o título de pior trânsito entre as capitais.
  • Sergipe, Paraíba, Bahia e Ceará obtiveram os maiores índices de presença no Enem, com 75%, bem acima da média nacional.
  • E Recife aponta a melhor média nacional do ensino fundamental, mesmo comparada a outras capitais. 
  • STF suspendeu julgamento de prisão especial para curso superior. O ministro Dias Toffoli pediu vistas do processo e o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e a ministra Carmen Lúcia, já votaram por derrubar o benefício.