Atual gestão de Edmilson Rodrigues estaria desagradando no tocante ao BRT Belém, considerado “ameaça” ao funcionamento do BRT Metropolitano – que segue se arrastando – e vira alvo do jornal da família do governador/Divulgação.
 

Ao menos uma corrente do Psol quer porque quer que o partido apresente candidato próprio para governador do Pará nas eleições deste ano. O nome da ex-deputada estadual Araceli Lemos aparece bem cotado. Contudo, esse não parece ser o entendimento da corrente do prefeito Edmilson Rodrigues, que sinaliza politicamente alinhamento 100% com o governador Helder Barbalho – se não apoiar diretamente desde o primeiro turno, com certeza não fará nenhuma oposição à reeleição do governador; muito pelo contrário.

De qualquer forma, segundo avaliam analistas de plantão, já foi bem melhor a relação entre o governador Helder Barbalho e o prefeito Edmilson Rodrigues. Com uma dependência que extrapola qualquer razoabilidade, muitos veem o prefeito apático na atual gestão, bem diferente do que foi no primeiro mandato. Sem realizações, depende sempre da sinalização do governador para anunciar qualquer obra. O problema é que essa subserviência está sendo percebida pela população, que começa a chamar o alcaide de “secretário do Helder”.

Sinais de insatisfação

Quem talvez não esteja muito satisfeito com a performance do prefeito Edmilson Rodrigues é o irmão do governador, o empresário Jader Filho. Na edição de última quarta-feira, o jornal “Diário do Pará”, da família do governador, dirigido por Jader Filho colocou a gestão de Edmilson em cheque, com duras críticas à forma como vem sendo conduzido o BRT de Belém, considerado até ameaça ao funcionamento do BRT Metropolitano, até agora um monstrengo que não ata, nem desata, e só atrapalha o trânsito de quem entra e sai de Belém.

“Ursula não foi ‘advertida’; muito
pelo contrário”, afirma Chico Cavalcante

O publicitário Chico Cavalcante, marido, assessor, “marketeiro beligerante” – dizem – e “líder” do partido Rede Sustentabilidade no Pará ao lado da mulher, a secretária de Cultura Ursula Vidal, nega, conforme a coluna publicou, que ela tenha sido “advertida” sobre o restrito espaço geográfico da pesquisa do Instituto Mentor que a coloca com o dobro das intenções de voto na disputa por vaga no Senado na relação ao segundo colocado. A pesquisa se refere à Região Metropolitana de Belém, mas cobriu apenas os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. Segundo Chiquinho, ao contrário de advertência, Ursula foi “parabenizada”, uma vez que o estudo “apenas confirma a tendência já vislumbrada por pesquisa estadual da Doxa”.

Chico Cavalcante explica que “esse era o cenário cerca de dois meses atrás. Se for repetida hoje, não dará outro ressaltado senão a liderança dela. O que está incomodando muito nessa pesquisa é um fato estatístico: nenhum senador eleito na disputa de uma única vaga ganhou a eleição sem vencer na capital. Na eleição passada, com duas vagas, Jader venceu em Belém e Ursula ficou em segundo na capital”.

Segundo ele, “a mecânica de varejo que serve para eleger um proporcional não se aplica a uma eleição majoritária. É impossível comprar todos os votos necessários. Ou se tem grossamente voto de opinião ou se perde. Máquina e dinheiro ajudam, mas não são suficientes. Em uma eleição com apenas dois meses de disputa, quem sai muito de trás não tem a menor chance de vencer. A disputa estará entre os três primeiros colocados: Ursula, Pioneiro e Mário Couto”.

Mulher contra matilha

E finaliza: “A discurseira do PT que está com Beto da Fetagri – ele sequer tem o PT inteiro – se baseia em uma crendice de que a pajelança de Hélder – que tem vários candidatos nesse pleito, de Ursula a Flexa, de Pioneiro a Beto – vai solucionar o problema de quem não tem voto. Essa será uma disputa feroz: uma mulher contra uma matilha. Será difícil, sabemos, mas, se fosse fácil, não seria para nós”.