Empresas criadas nos últimos dois anos fazem fila na Secretaria de Transporte, que disponibiliza R$ 3 milhões em investimentos, não exige serviço de qualidade e mantém a gastança longe dos olhos dos órgãos de fiscalização/Agência Pará.  

Com obras por todo o Pará – e nada menos do que R$ 3 bilhões alocados pelo governo do Estado – a Secretaria de Transporte fervilha com tantas empresas de construção em volta, todas disputando fatias do bolo bilionário, a maioria criada nos últimos dois anos e grande parte delas de empresários amigos da corte. Seus nomes, inclusive, primam pela extravagância, alguns bastante sugestivos: HB 20, Plannus, LO, TL, Indiana… O problema, porém, segundo se comenta entre servidores mais antigos da Secretaria, é a carência de know-how o que, invariavelmente compromete a qualidade dos serviços.

Fiscalização pífia e obras
de qualidade sofrível

Uma dessas empresas, por exemplo, é responsável pelas obras de acostamento da rodovia PA-125, trecho Santa Luzia-Salinas, que foi pavimentado, mas já tem buracos abertos.  – e não se trata da pista de rolamento, mas apenas acostamento, o que remete à impressão de que o trabalho  e de qualidade duvidosa – nem convém lembrar as obras de construção do Aeroporto de Salinópolis, feitas pela empresa do prefeito de Tucuruí, amigo do governador e que precisa ser “remendada” para obter a homologação da Anac. Detalhe: a fiscalização das obras contratadas pela Secretaria de Transporte é de responsabilidade do TCE.