O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a paralisação das obras de construção da ferrovia em março do ano passado atendendo pedido do Psol, que considera que a obra traria risco de desmatamento na região de Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, em Itaituba,  Pará/Divulgação.
 

Representantes das classes empresariais do Pará se reuniram na Fiepa, ontem, para discutir a importância da construção imediata da Ferrogrão e a exploração do óleo e gás na Costa Oceânica Norte. O encontro apresentou as vantagens econômicas que as duas iniciativas podem trazer ao Estado. A Ferrogrão, projeto de ferrovia que interligará Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, em Itaituba, está paralisado desde março do ano passado por decisão liminar do STF, a pedido do Psol, que considera que a obra traria risco de desmatamento na região, mas, segundo o vice-presidente da Fiepa, José Maria Mendonça, se a ferrovia não for construída, “o Pará perderá o bonde da história”.

Investimento previsto é de R$ 8,42 bi

Dados da Agência Nacional de Transporte Terrestres apontam que o investimento previsto para a ferrovia é de R$ 8,42 bilhões, podendo chegar em até R$ 21,5 bilhões de aplicações ao longo da operação. Serão 933 km de trilhos, entre a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba. “Nós precisamos urgentemente da Ferrogrão para reduzir, pelos meus cálculos, em até 55% o frete interno”, comenta o presidente da Associação Comercial do Pará, Clóvis Carneiro. 

Projeto reúne as condições técnicas

Para Gleize Gealh, diretora-geral Norte da Hidrovias do Brasil, o projeto Ferrogrão já possui todas as condições técnicas, socioambientais, jurídicas e econômico-financeiras necessárias para a ir a leilão. “A Ferrogrão precisa sair do papel e logo. A soja e o grão vão ter o seu destino, seja a partir daqui ou de outras regiões, mas nós precisamos nos engajar pensando no desenvolvimento do Pará. “O projeto que o governo federal tem em mãos é suficiente para viabilizar a ferrovia e o Pará não pode perder essa grande oportunidade”.. 

Exploração de óleo e gás

O encontro também contou com palestra sobre a exploração de óleo e gás na Costa Oceânica Norte, apresentada pelo doutor em Energia e professor da UFPA, Estanislau Luczynski. Segundo ele, é muito importante a aproximação do setor produtivo com a academia, pois a união do conhecimento e expertise entre os atores é fundamental para criar soluções e desenvolvimento, gerando benefícios em cadeia. “Todas as vezes que você fala em produzir petróleo e gás natural, você automaticamente reverte o investimento em pesquisa para a sociedade; todos ganham: os royalties são revertidos para as universidades, prefeituras, sociedade e assim por diante”.

Papo Reto

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