Relatório do Tribunal de Contas sobre a distribuição de renda no Pará repete dados produzidos pela Fapespa na elaboração do Mapa da Exclusão, quando caberia à corte fiscalizar a execução de políticas públicas previstas em lei/Divulgação.

O Partido Verde protocolou pedido de informações ao Tribunal de Contas do Estado por repetir, em relatório publicado recentemente sobre a distribuição de renda no Pará, os mesmos dados elaborados pela Fapespa na composição do Mapa da Exclusão 2021. Segundo a Fundação, o Pará apresenta índice de distribuição de renda de 0,2927, o que coloca o Estado em patamares muito próximos aos da Suécia. No documento, o PV se baseia em dados da coluna para questionar o uso do Índice Gini no levantamento e pede correção dos números por considerar que não representam a realidade da população.

O conceito do índice criado pelo matemático italiano Conrado Gini e aceito pela ONU para medir a distribuição de renda em todos os países do mundo compara a renda dos mais pobres com a renda dos mais ricos, método que coloca o Brasil com índice 53,3, longe, portanto, do caminho ideal da distribuição de renda – o ideal de igualdade se aplica quando os números estão bem mais próximos de zero. Especialistas ouvidos pela coluna avaliam que o Pará chegou ao índice de 0,2927 alterando a metodologia de cálculo.