Preços dos equipamentos a serem comprados pelo Centro de Perícias, em Belém, são astronômicos diante dos valores pesquisados do mercado nacional/Divulgação.

O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” tenta adjudicar pregão eletrônico realizado recentemente para compra de 22 mesas para necropsia. A empresa habilitada ao fornecimento, a Solab, especializada em fornecer equipamentos para laboratório, com sede em Piracicaba, São Paulo, deve embolsar, se o negócio se configurar, mais de R$ 2 milhões, ou R$ 94 mil por cada unidade. Tudo certo se, por exemplo, empresas como a Necrofrio, também de São Saulo, consultada pela coluna, não oferecesse mesas com as mesmas especificações técnicas ao preço de R$ 35 mil cada, o que representa, no caso do Centro de Perícias do Pará, superfaturamento em torno de 270% em relação ao preço praticado pelo mercado. Vá ver que por isso o pregão eletrônico ainda não deslanchou.

Secretaria ameaça processar
servidor que não se imunizar

A Secretaria de Planejamento e Administração do Pará está imponto, sob pena de processo administrativo, que todos os servidores se vacinem contra a Covid-19. A imposição da Secretaria possivelmente será contestada no Judiciário. Alguns servidores alegam que o direito à liberdade – amparado pela Constituição – é inviolável. O Tribunal de Justiça e o Ministério Público não baixaram qualquer ato semelhante e a confusão irá aumentar porque outras Secretarias querem impor a mesma regra. Para os servidores, um ato apenas de vontade não se sobrepõe à Constituição e a obrigação é “arbitrária”.

Prefeito de Santarém
atrapalha planos de Helder

O governador Helder Barbalho precisa contornar mais uma pedra no caminho de sua reeleição, desta vez em Santarém, baixo Amazonas, terceiro maior colégio eleitoral do Pará, onde o prefeito Nélio Aguiar, do DEM, mantém sua posição de não apoiar candidato do PT ao Senado, em provável coligação com o MDB, nas eleições do ano que vem. O PT é o principal adversário de Aguiar na chamada “Pérola do Tapajós”.

Segue a querela no TRT
sobre suposto assédio moral

O TRT da 8ª Região informa que o processo administrativo disciplinar aberto pelo Pleno da instituição para apurar supostos atos de assédio moral praticados pela sua ex-presidente desembargadora Pastora do Socorro Leal (veja o link),  cumpre decisão da própria Corregedoria-Geral do TST, que não aceitou o arquivamento da investigação, ocorrido em razão da aposentadoria da magistrada. No entendimento do ministro-corregedor, o arquivamento fere entendimento do Conselho Nacional de Justiça, segundo o qual a aposentadoria não extingue a necessidade de apuração de eventuais desvios.

Processos distintos

A instauração do procedimento, portanto, busca esclarecer, em um campo técnico e jurídico – “e não de ilações fantasiosas” – os fatos que foram trazidos aos autos, especialmente nos depoimentos dos gestores do TRT. No caso do Fórum de Macapá, todas as irregularidades encontradas na obra já haviam sido objeto de investigação e punição da empresa responsável ainda na gestão da desembargadora Suzy Koury, presidente que a antecedeu. Daí porque não haveria relação alguma de um processo com outro (veja o link).

Público perde acesso ao
Lago Água Preta, no Utinga

Difícil entender: desde a inauguração do Museu Verônica Tembé, na Casa da Mata, no Parque do Utinga, em Belém, em janeiro deste ano, um dos trapiches com visão para o Lago Água Preta vedou o acesso ao público. O que se diz é que a Secult, que gerencia o espaço do museu, guardou as chaves e travou o trânsito dos visitantes para não comprometer a dinâmica do local, que reúne mais de 1, 7 mil peças. Outras versões apontam que a medida foi adotada por conta da central de ar ou pela falta de uma simples mola na porta de acesso ao trapiche. Tenha santa paciência!

VW encerra uso do nome
Fusca e provoca nostalgia

A montadora alemã Volkswagen decidiu encerrar o uso do nome Fusca, mas, como não poderia deixar de ser, presta ao icônico veículo de tantas gerações uma homenagem muito legal. Este que vos escreve tem histórias envolvendo o Fusca, embora sem jamais ter sido proprietário de um. Uma dessas histórias envolve uma capotagem na lamacenta estrada entre Belterra e Santarém, no idos dos anos 19… Nem lembro mais. Nada além de pequenas escoriações, um frade ao volante e um cachorro no banco traseiro, o Terço.  Queiramos ou não, a homenagem traz certa tristeza. De modo geral, quem não teve um Fusca e vivenciou tudo isso?  Vejam o comercial da viagem final do Fusquinha.

  • Ninguém mete prego sem estopa no governo do Pará. É mais fácil desembolsar R$ 19,6 milhões no pagamento do “Vale gás” para 98 mil famílias em situação de pobreza extrema do que reduzir o ICMS sobre o preço do botijão. A bondade tem prazo de duração de 60 dias.
Divulgação
  • A crise está tão braba, mas tão braba – apesar do que tentam emplacar as autoridades – que tem sindicato na constelação da Fiepa, presidida por José Conrado (foto), contando com um ou dois associados. Se isso não é crise é descrédito nas associações de classe.
  • A verdade é que a indústria paraense, a Fiepa, ou a economia – senão todas juntas – não são nem sombra dos tempos de Danilo Temor para trás, com Altair Vieira, Gabriel Hermes e outros.
  • Mais um duro golpe nas universais pretensões da dupla dinâmica Vavá Martins-Fábio Freitas. Considerado o articular político do PRB para assuntos ligados à  Emater, Acácio Lucas dos Santos acaba de ser exonerado na empresa.
  • Aliás, a situação da Emater está tão nebulosa que até o diretor da área Técnica, Rosival Possidônio, escudeiro-mor do deputado Fábio Freitas que apoia o federal Hélio Leite sonha assumir a presidência.
  • Cá para nós: foi muito esquisita a decisão de suas excelências os deputados estaduais de aprovar concessão de honraria à ministra Damares Alves, possível candidata do adversário do mandatário do Estado do Pará.
  • Restaram apenas dois integrantes na equipe de comunicação na Prefeitura de Marituba depois da draconiana avaliação da prefeita Patrícia Mendes.
  • No rescaldo, apenas o jornalista que passou a morar no município para evitar o trânsito caótico de Belém e outro do cerimonial, esse contando nos dedos a data da debandada.