Grupos especiais de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho visitaram todas as 27 unidades da federação e só não encontraram trabalho escravos nos Estados do Acre, Amapá, Paraíba e Rondônia/Divulgação.

Reportagem publicada pelo site “Repórter Brasil” aponta que o País fechou o ano de 2021 com 1.937 pessoas em situação de escravidão, maior n[úmero desde 2013, quando a ação de grupo especiais de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho e Previdência identificou e resgatou 2.808 pessoas em situação semelhante. Segundo a reportagem,  com base em denúncias, as ações atingiram todas as 27 unidades da federação, com resgates de pessoas no Distrito Federal e em 22 Estados – exceto no Acre, Amapá, Paraíba e Rondônia

Indenizações chegam a R$ 10 mi

Na ponta do lápis, segundo o Ministério do Trabalho , mais de R$ 10 milhões foram pagos a título de verbas rescisórias a trabalhadores durante os resgates, o que também representa o maior valor já desembolsado por empregadores em um ano de fiscalizações. Por conta das operações, foram recuperados mais de R$ 3,7 milhões para o FGTS. Desde 1995, quando o Brasil reconheceu diante das Nações Unidas a persistência do trabalho escravo no País, até o final do ano passado, mais de 57 mil pessoas foram resgatadas.

Nordestinos são mais explorados

Dos 1.937 trabalhadores resgatados de situação análoga à escravidão no ano passado, 90% eram homens e 80% se declararam negros ou pardos. Os dados, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho vinculada ao Ministério do Trabalho, mostram ainda que 28% dos resgatados tinham entre 30 e 39 anos e 41% moravam na região Nordeste. A maioria tinha baixa escolaridade, e 6% eram analfabetos. As ocorrências de trabalho escravo em áreas rurais em 2021 representam aproximadamente 78% do total.