Fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo não mandou recado; mandou um emissário – o deputado federal e bispo licenciado da Igreja, Marcos Pereira -. conversar com a alta cúpula dos evangélicos no Pará para retirar qualquer apoio dos parlamentares ligados à Igreja à reeleição do governador Helder Barbalho em favor do senador Zequinha Marinho – e por tabela, do presidente Jair Bolsonaro. Marcos Pereira desembarcou no aeroporto de Belém na madrugada do último dia 3, conforme a coluna noticiou, reuniu alguns figurões das diversas denominações evangélicas e mirou particularmente os deputados Fábio Freitas, estadual, e Olival Marques, federal, ambos pendurados nos favores do governo do Estado. O que se diz é que houve esperneio de ambos, mas o mensageiro, por óbvio, deve tê-los mandado se queixar ao bispo.
Pressão de pastores sobre
líderes é cada vez maior
A determinação do bispo Edir Macedo teve efeito dominó. Pastores em comissão têm batido seguidamente às portas do presidente da Convenção das Assembleias de Deus, pastor Samuel Câmara, e do presidente da Convenção Interestadual de Ministros e Igrejas Evangélicas, pastor Gilberto Marques – pai do deputado federal Olival Marques – com a mesma determinação. Para eles, não faz sentido qualquer manifestação de apoio do governador do Estado, muito menos à sua reeleição, se na outra ponta da disputa pelo governo há um representante evangélico, o senador Zequinha Marinho.
Josué Bengtson perde comando
do PTB, que passa para Eguchi
Como desgraça só quer começo, como diria aquele famoso filósofo jurunense, o presidente do PTB, Roberto Jeferson, se articulou com o presidente Jair Bolsonaro é deu um chega-prá-lá no pastor Josué Bengtson da presidência do partido, agora comandado no Pará pelo delegado Everaldo Eguchi, candidato derrotado na disputa pela Prefeitura de Belém. Josué Bengtson, dizem seus auxiliares mais próximos, só não caiu ao receber a desdita porque estava sentado. Com o PTB longe do alcance de Josué Bengtson, Eguchi também passa a integrar a base de apoio do senador Zequinha Marinho, devendo sair a cargo eletivo na mesma empreitada. Quer dizer, em menos de sete dias, o governador Helder Barbalho vê minguar um pouquinho da sua base.
“X-9 do governador” cai em desgraça depois de congresso
A foto da corretora de imóveis Naná Magalhães, militante do Patriotas, que já não era lá nada boa perante os grupos de centro-direita da Grande Belém, haja vista o seu vínculo formal de servidora do gabinete do deputado helderista Raimundo Santos, ficou mais chamuscada depois do badalado I Congresso Conservador do Pará, por ela recentemente coordenado, em Belém, e que acabou esvaziado por vários grupos bolsonaristas por supostamente ter sido financiado pelo o governo do Pará. Por cima, a exigência de passaporte vacinal também aborreceu geral a galera da direita.
Com fama adquirida de “X-9 do governador”, Naná Magalhães aparece no vídeo do evento, mas visivelmente constrangida quando a plateia resolve gritar “fora, Helder!”. O que se diz é que Naná não será “persona benvinda” em novos eventos conservadores, como o que vai acontecer dia 12 agora de março, o 1⁰ Congresso de Direita da Transamazônica e Xingu, em Altamira.