Além da superpopulação de peixes e garças famintos, boa parte da estrutura do logradouro, considerado um dos mais bonitos de Belém, revela pontos de deterioração, com risco aos frequentadores; situação se repete principalmente em praças da periferia da cidade/Fotos: Arquivo.
Em gestões anteriores, o prefeito Edmilson Rodrigues foi considerado ‘o maior criador de praças’ de Belém, consagrando-se, por assim dizer, ao inaugurar a Praça da Bíblia, no bairro da Cremação. Sem entrar no mérito da qualidade das obras – para os mais exigentes, bastante chinfrim, com a reconstrução da Praça Waldemar Henrique e da antiga Praça Kennedy -, o viés criador do alcaide deve ter se perdido no tempo. Hoje, sequer cuida da própria criação,
A Praça da Cremação, por exemplo, virou abrigo de moradores de rua, desocupados ou de pessoas ocupadas em comportamentos que incomodam ou atemorizam os moradores das cercanias – menos a Polícia Militar, que mantém um quartel a poucos metros. Não que as demais praças e logradouros sigam na mesma batida, porém, no mais das vezes, estão sujas e maltratadas, afastando quem mais precisa delas.
Embora não seja criação do prefeito, a emblemática Praça Batista Campos, cantada em verso e prosa, que tempos atrás contava com a regular fiscalização de uma associação, entrou em declínio. Equipamentos danificados e superpopulações de garças e de peixes incomodam muita gente – embora possam oferecer um belo visual para a maioria aquietada das pessoas ante o desconforto, que vem de cima, despejado pelas garças, ou de baixo, pela agonia da fome dos peixes. Ninguém os alimenta corretamente, nem os órgãos municipais.
Pedido de providências
Por essas e outras, a associação de moradores despertou e decidiu recorrer à Justiça contra a Prefeitura de Belém denunciando que os lagos da praça não são limpos há mais de uma década, que as lixeiras sem fundo, e coretos e espaços necessitando de reformas. Apenas as pontes em madeira ainda parecem estar em boas condições.