Crise desencadeada pelo descredenciamento de hospitais do Iasep eleva ao quadrado os problemas na saúde pública, onde pacientes perambulam em busca de serviços, incluindo remédios e material para transplantes, sem atendimento/Fotos: Divulgação.

Com a saúde pública colapsada no Estado, amigos e parentes veem seus doentes se aproximando do fim da vida ante a insensibilidade do poder público, como no caso dos beneficiários do Iasep.

A expressão, indignada, é de um leitor. De fato, dezenas de denúncias entopem os endereços da coluna. São parentes ou amigos de pacientes e os próprios doentes que perambulam nos hospitais de Belém e por todo o Pará em busca de atendimento em hospitais e clínicas e se veem obrigadas a voltar para casa com a saúde cada vez mais debilitada.

Nas redes sociais, de manhã, de tarde e de noite pipocam pedidos de desassistidos desesperados por vagas em hospitais, remédios e tratamentos. Nesses ambientes, a sensibilidade está aflorada – e só neles. Na rede de hospitais que foram obrigados a se desfiliar do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado, o Iasep, por falta de pagamento de serviços prestados, incluindo grandes hospitais, o abalo é ‘de caixa’. Não há sentimento, nem dor, exceto para quem se encontra à beira da morte.

A caminho do fim

Com o perdão pela injustiça que possa haver neste texto, porque os casos formam uma lista de dor e sofrimento sem precedentes, chama atenção o caso de uma segurada do PAS há doze anos, aposentada em 2003 como professora e técnica de Assuntos Educacionais da Secretaria de Educação do Estado, quando se submeteu a primeira cirurgia para implantação de três pontes de safena.   

Em janeiro daquele ano, a paciente foi diagnosticada com insuficiência cardíaca, devido à obstrução das pontes. Os médicos constataram a necessidade de colocação de quatro a cinco stents. Em março, a paciente recebeu dois stents, sendo informada pela equipe médica do Hospital do Coração de que deveria retornar para casa, depois de 16 dias internada, devendo se submeter à nova angioplastia e implante de mais três stents 20 dias depois. A paciente teve alta no dia 29 de março. 

Sem fiscal e sem lei

O documento de solicitação do material para o procedimento foi protocolado no Iasep no dia 5 de abril, com a orientação de que teria resposta em 15 dias úteis sobre o pedido. Decorrido esse prazo, porém, a paciente recebeu a informação: “o processo está em cotação”. 

Hoje, a segurada tem vida restrita e mal estar frequente decorrente de falta de ar e aguarda resposta, com a orientação de que não há previsão de prazo para a entrega do material para o novo procedimento – e já se vão 44 dias desde a solicitação, sem resposta e sem prazo de entrega.

papo Reto

  • Sextou: a partir das 18h30, até 21 horas acontece o ‘esquenta’ no Beiju Xica, na Brás, entre Dr. Moraes e Serzedelo, com direito a Mini Margherite Xica, mais taça de vinho a R$ 45 e couvert a R$ 10.
  • O evento será com o Abenatrio Latin jazz, de Toninho Abenatar (foto) e participação de Davi Amorim.
  • Como já era esperado, o Ibama negou a licença para a Petrobras perfurar poços de petróleo na foz do rio Amazonas, alegando “graves riscos e impactos ambientais”.
  • Aviso aos navegantes: os planos do presidente Lula para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas são os mesmos da ministra Marina Silva.
  • Tanto que, em Belém, as classes empresariais andam animadas. Como dizem, o programa do governo Lula inclui as tais ‘vontades próprias’.
  • A partir de quarta, 24, o governo fará mutirão para fiscalizar postos de combustíveis no País, com participação dos órgãos de defesa do consumidor.
  • A partir de 1º de junho, a cobrança fixa do ICMS para a gasolina será de R$1,22 por litro em todo o território nacional. 
  • Segundo especialistas, a alíquota fixa do ICMS também poderá gerar alta no preço do combustível.
  • A nota de corte para segunda etapa do Revalida 2023 é fixada em 60,722 pontos. 
  • As provas da segunda etapa serão aplicadas nos dias 24 e 25 de junho, mas a participação nesta fase depende da aprovação do médico na primeira etapa, que contemplou provas objetiva e discursiva.
  • A Organização Mundial da Saúde publicou nota em que desaconselha o uso de adoçantes sintéticos para controle de peso ou como estratégia para reduzir risco de doenças não transmissíveis.
  • Campanha quer ampliar em 5% a doação de leite materno no País para atender pelo menos 60% da demanda – 247 mil litros – de bebês prematuros ou de baixo peso internados em unidades neonatais.
  • O desemprego aumentou em 15 Estados e no Distrito Federal no primeiro trimestre, segundo o IBGE.
  • O desempenho negativo na maioria das unidades federativas elevou a taxa média de desocupação no País para 8,8%.
  • O Pará é o sétimo colocado na lista, aproximando-se dos dois dígitos: 9,8% de desemprego.