Presidente Bruno Carmona sequer se pronunciou, mas secretário de Saúde foi informado; médico com mais de 35 anos de serviços foi afastado sumariamente/Fotos: Divulgação.
Em nota, o sindicato denuncia medida como suposta perseguição política da direção do hospital e, por extensão, do governador do Estado; profissional não teve direito à livre defesa.
Casa santa! O médico anestesiologista Wilson Machado foi afastado sumariamente do cargo pela direção do Hospital da Santa Casa sob a singela acusação de ter sido “grosseiro” com uma enfermeira – o que caracterizaria a prática de assédio moral – e sem direito à defesa. A decisão despertou a fúria corporativa do Sindicato dos Médicos, que publicou nota repudiando, protestando e denunciando a prática de ‘perseguição política’ da presidência da Santa Casa de Misericórdia do Pará e, por extensão, do governador do Estado. Veja a nota:
Sem direito de defesa
“Um diretor do Sindmepa foi afastado, sumariamente, de sua atividade profissional naquele nosocômio, acusado de práticas inconcebíveis com o seu perfil profissional, sem direito de defesa. Tal prática, comum em regimes ditatoriais, não se coaduna com um governo que se diz democrático. O amplo direito de defesa é consagrado em todas as leis vigentes no País, inclusive na administração pública.
Volta ao trabalho
Solicitamos esclarecimentos administrativos ao presidente, que não se dignou a responder. Recorremos ao secretário de Saúde, que prontamente nos recebeu e esperamos que faça justiça e que a Santa Casa realize processo administrativo onde todos os envolvidos sejam ouvidos e o bom senso prevaleça.
Até o esclarecimento pleno dos fatos, exigimos o retorno do profissional às suas atividades, as quais desempenha com dedicação há mais de 35 anos”.