A Polícia viu com os próprios olhos: em retaliação à apreensão de mais uma carga roubada de propriedade da BBF, mulheres da etnia Tembé orientadas pelo líder Paratê promovem quebra-quebra; ninguém foi preso/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.
Invasões, roubos e vandalismo contra a empresa Brasil BioFuels tomam conta da terra sem lei chamada Tomé-Açu.
A apreensão de um caminhão transportando mais de 14 toneladas de dendê roubados da BBF, no último sábado, pela Polícia Rodoviária Estadual, em Tomé-Açu, desencadeou uma reação orientada por líderes da etnia Tembé, sob o comando de Paratê Tembé, Marques Tembé Lira e Raimundo Silva e Silva, surpreendendo até a Polícia Civil: o local escolhido foi justamente em frente à Delegacia de Polícia. Ninguém foi preso.
Na operação, o motorista do caminhão, além de transportar a carga roubada, dirigia sem documentação, da carga e pessoal. Conforme monitoramento em vídeo disponibilizado pela empresa, o caminhão saiu de dentro da Fazenda Vera Cruz, no município de Acará, de propriedade da BBF, conforme consta no BO 00277/2023.580996-7, do último dia 3.
Na cara da Polícia
O que dá a medida exata da ousadia do grupo liderado por Paratê Tembé foi o que se seguiu depois da apreensão da carga roubada, como forma de retaliação: um grupo de mulheres indígenas se concentrou em frente à delegacia para destruir veículos da BBF que acompanhavam a ocorrência policial, onde foi registrado o BO número 00082/2023.100817-9, referente ao furto de frutos de dendê.
Funcionárias públicas
Nas imagens é possível ver a agressividade do grupo destruindo os veículos da empresa com pauladas, chutes e pedras, além de ameaçar os funcionários que estavam no local. Dentre as indígenas identificadas nas imagens aparecem Joseane Gusmão Tembé, Keila Tembé e Elisângela Tembé, que, em abril de 2022, foram responsáveis pelo incêndio criminoso na sede da Fazenda Campos Belo, da BBF, juntamente com seu marido Raimundo Silva e Silva. Joseane Tembé e Marques Tembé são servidores públicos da Prefeitura de Tomé-Açu.