Pena que, de tão envolvido com sua bolha eleitoral, o prefeito de fato de Belém, governador Helder Barbalho, sequer teve tempo de envidar esforços mais decisivos, digamos assim, nos preparativos para deixar Belém, cidade que deveria ser administrada pelo prefeito eleito Edmilson Rodrigues, pronta para receber seus visitantes no Círio de Nazaré – e serão muitos, pelas previsões da diretoria da festa.

Em breve passada de olhos por alguns trechos da cidade mais próximos do que se prevê de grande movimentação de pessoas durante a temporada, a constatação é de situação triste, quando não, de penúria, tamanho o descaso do poder público municipal. Das calçadas do chamado Horto Municipal, ou Praça Milton Trindade, com águas residuais de lanches ficam expostas a céu aberto, passando pelo trecho na confluência da Gentil com a Dr. Moraes, que abriga uma feira semanal, chegando à Praça Batista Campos, que dispensa apresentações, até a chic Braz de Aguiar, a visão é quase a mesma: abandono total e absoluto.

Certa e conhecida casa

É como se Belém, com todo o respeito, fosse a Casa de Mãe Joana; e parece ser. Quem sabe em outros Círios, quando o poder municipal sair deste ‘estado de suspensão’, o turista do Círio poderá ter melhores impressões sobre a “Cidade do já teve”, do descaso e da preguiça.  

O que se espera no Círio

Pela previsão da Diretoria da Festa de Nazaré, o Círio deste ano será um dos maiores, senão o maior Círio de todos os tempos, depois de dois anos sem os festejos tradicionais. Os três dias de procissões serão acompanhados por milhões de fiéis, muitos pedindo ajuda, outros agradecendo graças alcançadas e políticos que conseguiram se eleger. 

Pato abatido a mais de R$ 100, maniçoba semipronta e famílias reunidas depois de tanto tempo devem completar o cenário. 

• Pelo andar da carruagem, o cavalo da direita corre para atingir a linha de chegada com oito cabeças à frente do cavalo da esquerda, para desespero do império de araque.
• A parelha remanescente perdeu fôlego, mas não a esperança e, por instinto de sobrevivência, segue o vácuo do cavalo da direita. Uma no cravo, outra na ferradura.
• Verdade seja dita: o prefeito Daniel Santos (foto) fez de Ananindeua um canteiro de obras. E obras que andam, ainda que sem alardes.
• O que se diz é que a Ponte de Outeiro, derrubada por uma balsa fantasma, estaria liberada inclusive para tráfego de ônibus, mas a obra de recuperação não está nem perto de acabar.
• A coluna insiste: na estrada do Outeiro, ao longo do muro da propriedade do empresário Adilson Tamanqueira, área pública está sendo invadida sem nenhuma ação nem do agente distrital de Icoaraci.
• Ninguém toma providências efetiva contra a mineração ilegal. No passado, a CEF centralizava as compras de ouro e alguma coisa ficava no País, além de tributos.
• Hoje, o ouro ilegal está indo para a Bolívia e o crime organizado está lavando dinheiro do crime na compra de ouro ilegal.
• Se a Polícia quiser prender ladrões de fios de telefone basta dobrar o quarteirão da Seccional da Cremação, onde os ladrões queimam os fios.
• Interessante que as viaturas policiais passam do lado e não fazem nada. Os pobres moradores das redondezas ficam envenenados com a fumaça.
• Os moradores de Batista Campos tiveram um domingo imerso na mais negra escuridão.
• Sem energia elétrica desde as 17 horas, amargaram horas a fio até que o serviço fosse restabelecido e, mesmo assim, claudicante.
• O Centro Internacional de Negócios da Fiepa lançou ontem a Fruit Amazon Business Meeting Brazil Edition, rodada internacional de negócios que acontece de 20 e 21 de outubro, na Feira da Indústria.
• A mineradora Hydro disponibiliza vagas específicas para mulheres que ainda não tem experiência na área. O alvo são mulheres com ensino superior completo n áreas de Mecânica, Elétrica, Civil, Automação, Química ou Produção.