
Prova de que desgraça só quer começo: Remo e Paysandu trabalham com a certeza (da impunidade) de lotação completa nos jogos das duas equipes pelo Parazão, ainda que decreto da Prefeitura de Belém, que autoriza apenas 50%, esteja prestes a ser revisado para fechar a capacidade em 30%, diante do recrudescimento dos casos de Covid-19 e dos altos índices registrados para a gripe influenza – que nem de longe é uma gripezinha. No jogo final do Remo pela Copa Verde, o presidente Fábio Bentes obteve autorização do governo para vender lotação completa e conseguiu e jura que pode persistir no abuso, mas há divergências. A pandemia está no ar, mesmo que alguns atores torçam o nariz para ela.
MP segue em silêncio, tanto
ou quase igual à pandemia
Em terra onde, por todos os meios, o Ministério Público se esforça para não interferir em decisões equivocadas dos entes públicos, não parece justo admitir que diretores de clubes de futebol recorram a apadrinhamentos políticos para determinar o que podem e o que não podem fazer pendurados na bengalada da pandemia, a palmatória do mundo que favorece a minoria em detrimento dos demais. Os silenciosos problemas na saúde pública no Pará são estrondosos, a começar pelos hospitais, passando pelo descaso com médicos e outros profissionais de saúde, enquanto o chamado “fiscal da lei” segue quedo e mudo.
Papo Reto
- Em Belém, são no mínimo escandalosas as decisões de juízes plantonistas que libertam criminosos hediondos e violentos sob argumentos de “problemas de saúde, presídios lotados e falta de condenações definitivas”.
- Uma viatura da Polícia Militar que trafegava pela Quintino Bocaiúva, na última segunda-feira, deu de cara com ladrão queimando fios para retirada de metal e seguiu caminho como se nada estivesse acontecendo.
- Se a lavagem do Ver-o-Peso chegasse no cais, a Prefeitura de Belém tomaria conhecimento das barracas imundas ali levantadas. Se a lavagem fosse até a Ladeira do Castelo, daria de cara com a Cracolândia.
- Dos dois tomógrafos instalados na Santa Casa de Misericórdia, em Belém, apenas um funciona. O outro está desativado por falta de técnico especializado.
- R$ 226 bilhões é quanto o Banco do Brasil estima injetar no campo neste ano, através do “Circuito de Negócios Agro 2022”, lançado na última segunda-feira. Somente ao pequeno produtor rural estão reservados R$ 50 milhões, via Pronaf.
- Previstos para o dia 7 de março, na sede da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo, os leilões que buscarão conceder à iniciativa privada a construção e exploração de terminais pesqueiros, incluindo Belém. Valor global do programa: R$ 71,1 milhões.
- A explosão das contaminações por Covid-19 nos navios de cruzeiro no Brasil fez a Anvisa recomendar a sumária suspensão da temporada. Vale destacar que só ingressam e permanecem nesses navios turistas e tripulantes rigorosamente vacinados.
Charge do dia
