Ambev convida parceiros
para a festa em Belém,
mas coloca “água no chope”
Sábado, 24 e domingo, 25 de abril de 2021
Nascida grande, há 22 anos, da união entre as centenárias cervejarias Brahma e Companhia Antarctica, a Ambev, além de dominar quase 70% do mercado de cervejas (foto acima), resolveu apostar em novos modelos para o público que pede cerveja em casa. Porém, se no início sua plataforma de delivery saiu cadastrando vários estabelecimentos que a ajudaram a se popularizar, hoje a empresa dispensa atendimento desejável aos pequenos empreendimentos que querem se tornar parceiros da marca.
Não há vaga
Em caso que chegou à coluna, a resposta do aplicativo da Ambev de que “já estamos cheios de parceiros na sua área” vem curta e seca por mensagem. Porém, ao tentar obter mais informações, o empreendedor ficou sabendo que hoje há uma espécie de “panelinha” para cadastrar novos parceiros que não tem necessariamente a ver com quantidade por área de atuação. No bairro de Nazaré, por exemplo, parceiros da Ambev “brincam de pira”.
Prato feito
O que ainda não se disse a respeito do próspero e bem sucedido empresário Fábio Simões, que, como todo mundo está careca de saber, vem a ser padrinho dos dois filhos de Jáder Barbalho Filho, irmão do governador Helder Barbalho, é que ele teria comprado uma casa, sua atual residência, pela bagatela de R$ 2,5 milhões – R$ 1,5 milhão pagos em espécie, diz que para evitar declarar o valor real do negócio e escapar à abocanhada do Leão da Receita Federal. Fábio vende comida para o faminto Estado do Pará, pela boa vontade do governo.
Virou o jogo
O que se diz é que o imóvel – Condomínio Montenegro Boulevard, Alameda Mangaba -pertencia a um agiota a quem devia e sempre visitava para quitar dívidas – até o dia em que os ventos começaram a lhe soprar favoravelmente. Certa vez, Fabio não só pagou tudo que devia como afrontou o credor com a oferta de compra da casa. Mais: agora é na porta de Fábio que diariamente aparecem pessoas para receber participação em negócios. É como diz o ditado popular, “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Simples assim.
Quo vadis?
Pergunta que não quer calar: que caminhos o PDT do Pará traça em direção à sucessão nas eleições de 2022? Más e boas línguas dizem que não faltam ao partido muitos, dezenas, milhões de motivos – muito pelo contrário – para os deputados Miro Sanova (foto) e Júnior Hage se convencerem de engrossar o consórcio governista em apoio a reeleição do governador Helder Barbalho. Até aí tudo bem. Como diria Elio Gaspari, seria “o jogo jogado”.
Palanque do Ciro
Ocorre que o STF, ao recolocar Lula no jogo, aliado de primeira hora dos Barbalhos e “último bote de salvação” da recandidatura cada dia mais dependente do atual governador mudou tudo, pois, como Ciro Gomes já deu a entender que “não abre nem pra trem” na sua quarta tentativa de chegar ao Planalto, e Carlos Lupi já lhe garantiu a legenda, a pergunta de um milhão de dólares é: e o palanque do Ciro no Pará? Onde fica, onde está?
Imbróglio repetido
Tal qual o dilema tucano, tudo leva a crer que esta é mais uma disputa que será decidida pela Executiva Nacional do PDT. E tudo indica que Sanova e Hage não terão os mesmos muitos, milhares, milhões de motivos para convencer a dupla Ciro-Lupi de abrir mão de palanque no maior colégio eleitoral do Norte, sobretudo após o ódio que Ciro adquiriu ao babalorixá petista, ainda mais em seu benefício. Façam seu jogo, senhores.
Também quero
O chamado Instituto Servir Amazônia, CNPJ número 19.030.770/0001-05, é uma associação privada com sede em Capanema, nordeste do Pará, criado em 2013 com capital social zero e número de funcionários indeterminado tanto quanto seu faturamento presumido. Mesmo assim, dizem, o Instituto trabalha à moda mineira para se transformar em uma Organização Social e, se Deus mandar bom tempo, gerenciar hospitais em Barcarena, Abaetetuba e Capanema. Bem, OS e hospitais são um bom negócio no Pará.
Nem tanto
Especialistas garantem que “é fato a redução dos números da criminalidade” no Pará, mas, para festejar com todo o direito que se tem é importante lembrar que a pandemia e as medidas restritivas impostas à população desde março de 2020 contribuíram para a redução da violência, haja vista a redução da circulação de pessoas nos 144 municípios do Estado, sobretudo na Grande Belém, onde há o maior contingente populacional. Assim, qualquer estatística que contemple esse período pandemia está sujeita a retificações.
Menos, menos
Outro aspecto é a ser considerado é a metodologia da Ong mexicana que divulga os dados. Ela os obtém diretamente de sites da Secretaria de Segurança Pública e limita-se a coletar o número de homicídios – não considera no levantamento das “cidades mais violentas” os latrocínios e as lesões corporais seguidas de morte, ou seja, os chamados crimes violentos letais intencionais, e até mesmo as mortes por intervenção de agentes do Estado.
Futuro incerto
Prefeitos e vereadores eleitos ou membros do PL temem pelo futuro do partido no Pará após as denúncias do MPF contra os mais importantes membros do partido. O agora membro do TCM, Lúcio Vale e seu irmão, deputado federal Cristiano Vale, além de outras pessoas, são réus em processo por desvio de recursos federais na ordem de R$ 40 milhões, o que poderá resultar em severas penas e cassação de mandato.
- Coincidência ou não – estaria mais para “não” -, vazou diretamente para os ouvidos do secretário de Saúde, o delegado federal Rômulo Rodovalho, suposta operação da FP na Secretaria de Saúde do Pará. “Vazamento federal”, diga-se.
- A Operação Globina, da Polícia Federal, de repressão ao tráfico transnacional de drogas, deixou à mostra que investimentos imobiliários em Salinas são uma forma de aplicação do dinheiro do tráfico.
- Observadores da cena política avaliam que, a cada dia, o atual governador Helder Barbalho parece querer viver altas emoções que podem acabar por afastá-lo da própria sucessão.
- Cresce o número de garimpos ilegais na região sudeste do Pará. A ordem é invadir a área e tomar posse.
- A PM estaria dando apoio às ações, cujo comando é do deputado estadual Wenderson Azevedo Chamon Chamonzinho (foto), aliado do governador Hélder Barbalho.
- Os órgãos federais de fiscalização da área estão enfrentando inúmeros problemas para conter esse avanço garimpeiro, todos cacifados por sua excelência.
- Aliás, não seria melhor para o governo federal centralizar a compra do ouro dos garimpos pela Caixa Econômica, para combater o contrabando e a sonegação?
- Se o equipamento meteorológico do Sipam estava quebrado havia três anos, como é que faziam e publicavam a previsão do tempo baseados em dados do Centro em Belém?
- O scotch subiu de preço algo em torno de 100% nos últimos doze meses, justamente quando pareceria ser uma droga eficaz contra a pandemia e seus efeitos.
- O papel do cartão da vacina contra a Covid-19 é frágil e se esgarçar com a umidade e o mau uso, por isso os técnicos recomendam que sejam plastificados.
- Em meio à pandemia sem prazo de validade, o cartão será tão importante quanto um passaporte ou documento de identidade – e o Ministério da Saúde não emite segunda via.
- Há cinco meses mataram a radialista “Navalhada”, em Capitão Poço, sem que a Polícia Civil do Pará, até hoje, esclareça o caso. Afinal, quem matou o radialista “Navalhada”?
- A mineradora Vale assinou contrato definitivo de Investment Agreement com a Mitsui & Co. Ltd. para a aquisição da totalidade das participações do grupo japonês na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique.
- Mais de 100 servidores da Secretaria de Saúde de Belém lotados na Vigilância Sanitária andam revoltados com o diretor Claudio Salgado.
- Reclamam não terem sido imunizados até agora contra a Covid-19 por determinação do diretor, que priorizou o pessoal de linha de frente, como enfermeiros e técnicos.
- O barulho faz sentido: esses servidores estariam tão expostos quanto aos demais no atendimento externo.
- A esquerda brasileira busca formas de atrair o grande segmento religioso que apoia abertamente o governo Bolsonaro.
- ·Esse segmento cresceu exponencialmente e ameaça a hegemonia da velha e dogmática Igreja Católica, dividida entre a tradicional Opus Dei e as Comunidades Eclesiais de Base, voltadas para questões sociais e políticas e que sempre apoiaram a esquerda.
- ·Há dois meses “comissão secreta” da Sespa investiga o caso dos respiradores escondidos atrás de parede falsa do Hospital Abelardo Santos. E nada, até agora.