Observadores muito interessados, leitores e internautas são impiedosos na leitura do que lhes parece ser legal ou ilegal na atual campanha eleitoral e passam as denúncias adiante, com pedido de providências. A cena mais emblemática capturada nas ruas de Belém, ontem, aponta nada mais, nada menos do que o uso da máquina pública por dois candidatos do MDB, ambos parentes do governador Helder Barbalho: José Priante, candidato à reeleição à Câmara Federal e Igor Normando, que defende reeleição à Assembleia Legislativa.
O primo Priante
Assim: um veículo com a logomarca da Cosanpa estacionado do lado oposto da rua onde se localiza o Comitê Político do candidato era cuidadosamente ‘carregado’ por dois supostos funcionários com bandeiras da campanha. As peças saíam do prédio e eram colocadas na caçamba do veículo, onde um dos funcionários cuidava de proteger a carga com lonas pretas e cordões. A cena foi gravada com detalhes.
E o primo Normando
Em outro ponto da cidade, veículo oficial era usado supostamente para transporte de material de campanha para o candidato Igor Normando. Por ser maior que uma picape, como a usada no transporte de bandeiras de Priante, parecia transportar peças de outdoor, o que não se pode precisar com base nas fotografias que circulam nas redes sociais. Pelo sim, pelo não, a pergunta dos observadores é uma só: “Isso pode?”
Como o diabo gosta
Moral da história: neste ano, em que é considerada uma das mais caras da história da República, a campanha eleitoral está como o diabo gosta.