Sem controle: governo do Pará garante a membros do alto escalão ligados à Casa Civil veículos alugados através de contratos milionários, devidamente abastecidos, tudo com dinheiro do contribuinte, para fins nada republicanos/Agência Pará.

Luciana Bitencourt Soares, coordenadora de Relações Governamentais, espécie de Sub-Chefia da Governadoria: veículo Toyota, modelo Corolla, placas JV0-1A30; Luziel Guedes, chefe de Gabinete do governador: Corolla, placas JVO-1A60; Patrícia Heitmann, diretora do Cerimonial do governo do Estado: Ford Ka, placas QVK 3B03; Arthur Houat, Ouvidor-Geral do Estado: picape Chevrolet S10;  e Jairo da Silva, diretor de Logística da Casa Civil: Toyota Corolla, placas JVO 1A40. Pois bem: esses cinco funcionários do alto escalão do governo têm à disposição veículos alugados, pagos com dinheiro do contribuinte, para uso exclusivo em serviço, mas não é o que fazem. Não raro, são vistos em uso particular, em frente de cartório, trafegando aleatoriamente, em viagem pelo interior e até em motel. Pior: na lista de uso e abuso da coisa pública, alguns desses veículos são abastecidos, para uso em serviço ou particular, com o infame Cartão Combustível fornecido pela Casa Civil a partir de contrato milionário com a Tickt Log. Parece escárnio; e é.

Motoristas sob rédeas curtas

Tem mais: motoristas efetivos da Casa Civil estão proibidos de viajar a serviço, segundo regras ditadas pelo diretor de Logística, Jairo da Silva, o da picape Chevrolet S-10, sob a alegação de que “efetivos ganham gratificação de tempo integral e por tempo de serviço – na soma de valores, Jairo Silva entende que esses profissionais ganham mais que os DAS. O que ele não diz é que o valor pago aos DAS está defasado em relação ao total dos vencimentos dos efetivos e a culpa, nem de longe, é dos motoristas. Essa prática, contudo, não ocorre somente na Casa Civil, acrescida do fato de que, conforme denúncia encaminhada à coluna, quando um motorista tem “a sorte” de ser escalado para viajar, precisa “rachar” o valor da diária, quando não trazer um “agrado” para o chefe – a lista inclui queijoso e carnes, entre outros itens, dependendo do destino do viajante.

Papo Reto

Divulgação
  • Hoje faz um ano da partida, aos 75 anos de idade, do arquiteto Paulo Roberto Chaves Fernandes (foto), com missa, às 20 horas, na Igreja de São Geraldo Magela, no Conjunto Marex.
  • Paulo Chaves foi secretário de Cultura do Pará por 20 anos em dois períodos, nos governos de Almir Gabriel e Simão Jatene, ambos do antigo PSDB, deixando legado inestimável a Belém e ao Pará.
  • De sua personalidade forte e determinada, Paulo Chaves fez, ao longo da vida, adversários e inimigos fortes, alguns ferozes, que o chamavam de “elitista”, “burguês” e outros adjetivos, mas merece e merecerá lugar de destaque ao se contar a história de Belém.
  • O Memorial da Justiça do Trabalho, a ser inaugurado em um casario antigo que está sendo reformado à avenida Senador Lemos, já tem uma atração a vista: tela inédita do artista paraense Rui Meira, produzida em 1970, que utiliza técnicas de pintura bastante arrojadas para a época.
  • Atualmente a tela, que mede cerca de 3×2 e foi montada em um chassi de madeira criado pelo artista, fica no edifício sede do TRT8, em frente ao Salão Nobre, e com seu deslocamento para o novo centro cultural poderá ser apreciada pelo público.
  • A operadora Tim reformulou seu programa de coleta de resíduos eletrônicos e, em apenas dois meses, conseguiu recolher mais de 2 toneladas de materiais.
  • A operadora instalou urnas para o recolhimento destes itens em mais de 150 lojas próprias e prédios administrativos, das quais seis estão localizadas nos principais shoppings de Belém, Ananindeua e Marabá.
  • Santa reciprocidade! A abertura do mercado canadense à carne brasileira virá casada com importação de fertilizantes pelo Brasil.
  • Embora especialistas considerem a medida “prematura”, governos  de onze Estados já alegaram que o avanço da vacinação e o menor número de casos de Covid-19 justificam a liberação do uso de máscaras.
  • Encerrada na última terça, a Feira Internacional de Pescados de Boston, nos EUA, descortinou espetaculares cenários para os produtos da piscicultura brasileira, com destaque especial para a tilápia, o peixe mais consumido na América.
  • Finalmente, após dois anos de pandemia, a USP (Universidade de São Paulo) teve o retorno de aulas presenciais para 100 mil alunos de graduação e pós-graduação, desde que vacinados. 

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