Segundo a Reitoria, os bovinos ‘não têm  constatação de maus tratos e os animais (da  fotografia publicada pela coluna) são fêmeas recém-paridas e em estado de lactação’, o que explicaria o aparente desgaste nutricional/Fotos: Divulgação-Ufra.

A propósito da reportagem “Caos na Ufra inclui maus tratos a animais, atendimento suspenso no Hospital Veterinário e  vigilância fragilizada”, a Reitoria da Universidade Federal Rural da Amazônia esclarece o seguinte:

A nomeação de sua dirigente máxima foi fundamentada legalmente  por decreto federal e ato do presidente da  República e, após o escrutínio público  com a participação da comunidade universitária, validado por resolução do  Conselho Superior Universitário, de maio de 2021.

Resoluções ad referendum utilizadaspela Reitorisão figura jurídica com previsão legal, presente no Regimento Interno do Consun e devem ser  homologadas pelos membros do Conselho na reunião subsequente à sua publicação.  A gestão da universidade atua atendendo à estrita legalidade, inclusive no quantitativo de  reuniões convocadas e realizadas no âmbito dos Conselhos Universitários.

Fêmeas recém-paridas

Não há veracidade na afirmação sobre “maus-tratos ao rebanho”, pois os bovinos não têm  constatação de maus tratos e tão pouco passam por “petição de miséria”. Os animais (da  fotografia publicada) são fêmeas recém-paridas e em estado de lactação, pois  possuem o que chamamos de “bezerro ao pé”, o que fisiologicamente causa maior desgaste  nutricional à fêmea, principalmente quando são animais de primeira cria. Os animais não representam a totalidade do atual rebanho, visto que as categorias  animais de bezerro, novilha e garrote estão com Escore de Condição Corporal adequado

Ainda que a sazonalidade dos índices de chuva nesta época do ano em Belém diminua a  disponibilidade de alimento fresco (pasto) aos animais, todos os dias os colaboradores do setor  coletam alimento fresco no campus universidade.  Também não há falta de sal mineral e a ração já foi disponibilizada. 

Sob nova direção

O Instituto da Saúde e Produção Animal está em nova direção há apenas 30 dias e tem executado mapeamentos dos setores, implantando fluxo de processos para o atendimento das necessidades da comunidade  acadêmica e dos animais. 

Sobre a pausa dos serviços prestados à comunidade pelo Hospital Escola Veterinário de 19 de dezembro de 2022 a 15 de janeiro de 2023, há  uma série de equívocos nas afirmações.  O termo “vazio sanitário” não se aplica somente à criação animal quando a matéria compara o  hospital a um “curral”. Outras instituições federais com tradição em cursos  de Medicina Veterinária e que possuem Hospital Escola Veterinário seguem condutas  semelhantes, todas com período de vazio  sanitário superior a 72 horas. Logo, são decisões técnicas sobre gestão e governança hospitalar  veterinária, uma atualidade na área de Medicina Veterinária no Brasil.  

O hospital funciona há 39 anos e não “há 15 anos”, e tem a função de atender as diretrizes  curriculares nacionais para a formação do médico veterinário, por ser um espaço destinado às  aulas práticas de graduação e pós-graduação, estágios e projetos de pesquisa e extensão, mas  que ao mesmo tempo possibilita que a comunidade externa tenha acesso à assistência  veterinária, enquanto os estudantes aprendem em casos reais. Para que essas atividades  ocorram de forma são necessárias adequações prediais, além do supracitado vazio sanitário e  outras medidas para melhor atendermos a comunidade externa, nossos alunos, servidores e  residentes, sem comprometer a biossegurança de todos. 

Adequações prediais

Informamos também que adequações prediais envolvem desde classificações de áreas até readequações de consultórios e outros ambientes, e não necessariamente obras estruturais.  Em nenhum momento a direção do hospital citou em seu comunicado interno  e externo que irá realizar obra,  sendo assim, não há o que licitar. 

Reiteramos que nada é feito “na surdina”: a direção do hospital se preocupa e se propõe a realizar melhorias na unidade e todos os serviços realizados são amplamente  comunicados na página oficial do hospital. 

Rigor nas contratações

A Reitoria vem trabalhando para manter em pleno  funcionamento todos os serviços, atendendo ao princípio da continuidade, e é justamente  considerando o contingenciamento de recursos públicos que nos conduz a agir com maior  responsabilidade ainda nos gastos, evitando contratos administrativos com valores que não reflitam as necessidades da nossa Universidade. 

A Ufra conta em seus  quadros com 28 vigilantes de carreira, enquanto é finalizado procedimento licitatório para a  contratação de nova empresa prestadora de serviços Encontra-se em fase de recurso administrativo o Pregão Eletrônico n.º 13/2022, visando contratar empresa especializada de vigilância e segurança patrimonial.