O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, bem que tentou justificar a falha da sua administração ante relatório da Controladoria-Geral da União, mas acabou desarmado: dinheiro de emendas foi aplicado em conta de investimento da prefeitura, em vez de ser utilizado em benefício da população de Belém/Divulgação.

A Controladoria-Geral da União botou no bolso todos os medalhões da administração do Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, inclusive ele mesmo, além do seu chefe de Gabinete, Aldenor Júnior, considerado “prefeito de fato” e o secretário de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão, Cláudio Puty. Tudo por causa do “chá de caixa” dado a R$ 1,3 milhão repassados ao município através de duas emendas parlamentares individuais que a prefeitura não executou – e, pior que isso, “nem sabia quer existia”, conforme tentou justificar à Controladoria-Geral após vistoria feita nas contas do município de Belém.

Caminho das pedras

Segundo a CGU, a prefeitura recebeu R$ 400 mil e R$ 900 mil em junho de 2020, mas apresentou justificativa graciosa para a não aplicação dos recursos: aguardava a disponibilização dos valores, o que a CGU refutou ao cotejar as informações bancárias. Na verdade, a dinheirama estava aplicada em conta de investimento por mais de sete meses, enquanto a população pede socorro para a retirada do lixo das ruas, contra os alagamentos e o matagal que avança sobre a cidade. Ao “desleixo” da administração municipal, a CGU acrescentou a informação de que as ordens bancárias e a conta corrente do destinatário podem ser consultadas na Plataforma mais Brasil.