Embora a vaga de novo conselheiro do TCE deva ser preenchida por indicação da Assembleia Legislativa, a expectativa é de que o governador Helder Barbalho faça a indicação por via indireta. A lista não escrita de candidatos está nas rodas de conversa, antes mesmo de o jogo começar/Foto Divulgação.

Se bem andou, o Tribunal de Contas do Estado já encaminhou à presidência da Assembleia Legislativa documento acusando a abertura de vaga na Corte decorrente da aposentadoria do conselheiro Nelson Chaves. É o primeiro passo do rito pelo qual o Legislativo dará o curso para a escolha do novo conselheiro que, desta vez, segundo manda a regra, deveria ser de competência dos nobres deputados. Deveria, porque a obediência canina de suas excelências deverá atender determinação atravessada do governador Helder Barbalho, como tem acontecido ao longo dos últimos anos e toda a população está careca de saber, diferente de governos passados, onde a “desobediência civilizada” dos parlamentares apontou, escolheu e aprovou nomes nem sempre simpáticos ao governo de plantão.

Na atual temporada de escolha do novo integrante do TCE, a lista não escrita de supostos candidatos exibe não exatamente o que a Constituição determina como requisitos primordiais – coisas do tipo “notável saber jurídico e reputação ilibada” -, mas, de certa forma, “regate político e de dívidas pertinentes”: Ann Pontes, mulher de Parsifal Pontes; o cartorário Luiziel Guedes; deputado Júnior Hage; Hana Ghassan, secretária de Planejamento e Administração e outros menos votados.

Ann Pontes, dizem, é pule de dez, mas, a expectativa de que a Assembleia Legislativa irá passar cheque em branco ao governador representa bola preta para suas excelências e compromete, mais uma vez, a ideia de independência entre os poderes.

Araguaia chora morte
de cantor a acusa prefeitura

Parece coisa feita: a região do Araguaia chora desde ontem a morte do músico e cantor Neguinho dos Teclados, em Conceição do Araguaia, vítima de Covid-19, e acusa a administração do prefeito Jair Martins, do MDB, de “negligência, falta de estrutura e omissão” do Hospital Regional. O fato coincide com mais uma dispensa de licitação em favor da empresa Altamed, sediada em Ananindeua, no valor de R$ 1.526.915,11, para compra de equipamentos, medicamentos e outros. Se não é escárnio, parece.

População do Marajó
opta pelo Porto de Icoaraci

A população de baixa renda do Marajó Oriental, que abrange os municípios de Soure, Salvaterra, Cachoeira e Santa Cruz do Arari prefere se deslocar para Icoaraci para efetuar compras, receber auxílio do governo e para consultas médicas levada pelo menor preço da passagem e mais segurança e conforto na travessia. A empresa Henvil cobra metade do preço das lanchas rápidas, promovendo viagens diárias no transporte de passageiros pela  manhã, de Icoaraci ao Porto do Camará,  e à tarde, do Camará de volta para Icoaraci.

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