Sabe aquele ditado ‘apressado come cru”? Pois é, aconteceu em São Félix do Xingu, sudeste do Pará, com o irmão do prefeito João Cleber, do MDB, Torrinho Torres, que concorreu à Assembleia Legislativa nas eleições deste mês, pelo Podemos.
Na última semana, diante da informação sobre a possível cassação do mandato do candidato Renato Oliveira, de Bragança, nordeste do Pará, por suposta compra de votos – dada como briga paroquial, ou intriga da oposição derrotada na ‘Pérola do Caeté -, Torrinho fez a festa: anunciou que assumiria a vaga aos quatro ventos e a mídia alternativa do município embarcou. Dizem até que Torrinho já estava escalando assessores e pronto para vir escolher gabinete na Assembleia Legislativa, em Belém, onde aproveitaria para renovar o guarda-roupa. Em Bragança, apoiadores de Renato Oliveira reagiram em altos brados.
Meia volta, volver!
A expectativa gerada no município virou pó em dois tempos. Traído por sua assessoria jurídica, Torrinho Torres não atentou que, embora tenha obtido a segunda melhor votação do Podemos, ficando atrás do candidato eleito Renato Oliveira, que contabilizou 23.230 votos, Torrinho conquistou 20.865 votos, não conseguindo atingir os 20% do coeficiente eleitoral, conforme a regra das eleições, sem chances, portanto, de assumir vaga. Para tanto, o candidato de São Felix precisaria contabilizar o mínimo de 22.214 votos. Não deu.