No melhor estilo militarista, onde, no mais das vezes, o que vale é a regra do ‘tiro, porrada e bomba’, a direção do Sistema Penitenciário do Pará está mandando pelo ralo o Escritório Social, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça que prevê encaminhar egressos do sistema ao mercado de trabalho. Reinserção ou reintegração de egressos do Sistema Penal no mercado de trabalho, seja lá o termo preferido, é sonho para ser perseguido ad eternum no Estado, uma vez que não passa de iniciativas de propaganda de governos. No caso em questão, o Escritório Social, que funciona, desde a inauguração, à travessa Dr. Moraes, entre Conselheiro Furtado e Mundurucus, os servidores estão há dois meses sem receber salários e deverá fechado agora em dezembro.

De cabeça para baixo

Desde que assumiu o cargo, depois da exoneração do delegado de Polícia Civil, Samuelson Igaki, que substituiu Jarbas Vasconcelos, candidato a deputado estadual que não conseguiu se eleger, o novo superintendente, coronel Marco Antônio Sirotheau, saído da Casa Militar do governo, vem desmantelando os equipamentos do Sistema, exonerando pessoal de cargos importantes e devolvendo militares à caserna – todos os coronéis foram devolvidos. Internamente, os ajustes repercutem em ações do Sistema e, em alguns cargos, com perdas. O eventual encerramento das atividades do Escritório Social, se for confirmado, seria uma delas.

Disputa por espaços

As disputas por cargos no Sistema têm chamado a atenção. A ideia de criação de mais uma secretaria-adjunta – de reinserção ou reintegração social -, sequer virou proposta oficial para ser encaminhada à apreciação da Assembleia Legislativa, mas já é motivo de cobiça.

A diretoria existente no Sistema para tratar de reinserção ou reintegração de egressos do Sistema, como foco no Escritório Social criado pelo CNJ e que estaria em via de extinção, é ocupada atualmente por Belchior Machado, primo do secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, nome natural para ocupar a futura secretaria-adjunta, mas tem a concorrência de uma funcionária do Sistema, advinda de gestões anteriores, que não mede esforços para ficar com o cargo, ainda que à base da regra ‘tiro, porrada e bomba’.

• Se tem alguém que não poderá ser culpado pela eventual aprovação da proposta do governador Helder Barbalho que prevê aumento de impostos é o deputado Gustavo Sefer (foto).
• Até o parlamentar se livrar do pileque homérico em que se meteu no Catar, segundo imagens que circulam nas redes sociais, Inês é morta.
• Aliás, a Assembleia Legislativa autorizou – sob que alegação? – a viagem internacional do deputado Gustavo Sefer? Licença médica não vale. Vá ver que o parlamentar recorreu ao ‘banco de horas’.
• Há divergências, mas o que se diz em Bragança é que a mansão de um médico que bateu asas do Hospital Santo Antônio Maria Zacaria e foi residir em Portugal, na área do aeroporto, foi vendido por cerca de R$ 4 milhões. Corretora e compradora são conhecidas na cidade.
• Fontes consultadas pela coluna são reticentes quanto à veracidade da operação, mas admitem: entre vendedor, que deixou a cidade ‘atirando’, compradora e corretora tem até candidata às eleições municipais de 2024. O povo aumenta, mas…
• Ao menos dois casos de infecção por covid-19 foram confirmados em Belém nos últimos sete dias. A Secretaria de Saúde do município ainda não se manifestou.
• Anvisa autorizou a fabricação de novo medicamento à base de cannabis. A venda do medicamento será feita em farmácias e drogarias, com prescrição médica, claro, e por meio de receita especial do tipo B, de cor azul.
• Acendeu luz amarela: confiança da indústria caiu 3,6 pontos em novembro, diz a FGV. O indicador apresentou queda da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda foi de expressivos 9,7 pontos.
• Por falar em luz amarela, o mercado financeiro elevou a projeção da inflação de 5,88% para 5,91%. 
• Em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de deflação; com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses.
• Alvo de vigorosa campanha pela Internet, as vendas online ganharão oportuna campanha global neste Natal. 
• A campanha Segurança em Primeiro Lugar reúne 21 países – incluindo o Brasil – é coordenada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e busca orientar consumidores para escolhas seguras no momento das compras.