Imagine povos tradicionais, como os indígenas da etnia Xicrin do Cateté, que vivem no sudeste do Pará, de mãos dadas com garimpeiros e pecuaristas… Essa ministra Damares tem cada uma.Foto/Divulgação.

O bom senso venceu o primeiro round. O Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais rejeitou, com cara de nojo, a proposta indecente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que pretendia classificar garimpeiros e pecuaristas como “povos tradicionais” da Amazônia, no mesmo status de indígenas e quilombolas. Seria o mesmo que oferecer a suíte da granja para a raposa. Ou legitimar a degradação, o desmatamento e a depredação, que coloca o Pará na mira, por todas as trincheiras dessa guerra.

A ministra Damares Alves – aquela que viu Cristo no pé de goiaba – não é a única solista na orquestra da insensatez que ameaça a maior reserva de vida do planeta, a Amazônia – e por consequência o Pará. Quatro projetos de interesse do Planalto e impacto fulminante no nosso estado tramitam a toque de caixa no Congresso Nacional, para alterar normas de proteção ambiental em benefício de mineradoras e pecuaristas. A mineração sem rédeas e a expansão sem rodeios estão entre as causas mais determinantes do desmatamento.

O governo federal está empenhado há dois anos, e não faz segredo disso, em abrir terras indígenas para a pecuária, com a desculpa de baixar o preço da carne. O estado do Pará tem uma das maiores diversidades étnicas de povos indígenas do Brasil, com mais de 60 mil indígenas vivendo em áreas protegidas e urbanas. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai muito além do aipim. Além das terras indígenas, ela sonha com o avanço da pecuária sobre unidades de conservação. O Pará possui mais de 80 unidades de conservação federais, estaduais e municipais, além de terras indígenas e quilombolas. Essas áreas protegidas representam a última barreira contra a destruição das florestas, a contaminação dos rios e a violação dos direitos dos povos tradicionais.

Se esse bombardeio não for impedido, não vai sobrar nem goiabeira para a Damares subir.

Tá na hora da Imerys se explicar
e da Semas fazer o dever de casa

As três perguntas que não quererm calar, feitas à Semas pelo PV, diante do incêndio na área da Imerys: 1. A empresa tem ou não tem licença ambiental válida para operar em Barcarena. 2. Se tem, o que a Semas está fazendo para responsabilizar a mineradora diante da flagrante violação que resultou no incêndio e rendeu três autuações. 3. Se não tem, por que a planta industrial e o porto da Imerys em Barcarena continuam operando como se nada tivcesse acontecido?

A comissão de deputados estaduais que foi até a área do incêndio disse com todas as letras que o licenciamento da mineradora francesa não vale, o que a coloca praticamente na condição do menino que foi flagrado com a boca suja de biscoitos, mas jura que não foi ele quem roubou as bolachas. No caso da Imerys, ela foi flagrada com o palito aceso.

Outra evidência que complica a vida da mineradora é o fato de ela saber que detinha em seu galpão um produto tóxico, com alto risco de combustão e, portanto, tinha plena consciência dos riscos oferecidos ao meio ambiente e nada fez para impedir um incêndio como o que ocorreu. Sequer tinha um plano de contingenciamento para agir nessas circunstâncias.   

  • Ex-chefe da Casa Civil do governador Helder Barbalho e metido em falcatruas apontadas pela Polícia Federal, Parsifal Pontes (foto) empresta nome a uma escola na localidade Vila Califórnia, município de Breu Branco, inaugurada na última sexta. 
  • Até nas lagoas os sapos sabem que o MDB, ao lançar a senadora Simone Tebet como pré-candidata à sucessão presidencial quer, na verdade, a vaga de Lula ou João Doria, prova de que o partido dança conforme a música 
  • Fica assim: o Hospital Ofir Loyola agora é dirigido por uma assistente social que, mal tomou assento, já “se sentiu questionada” por ter zero experiência em Oncologia.
  • A nova diretora, Ivete Vaz, pode não entender patavinas de Oncologia, mas sabe como trabalhar com Helder Barbalho, de quem foi secretária de Saúde, em Ananindeua. 
  • Ao seu velho estilo, o STF arquivou a denúncia de evasão de divisas contra o magnata do transporte público, Jacob Barata, preso em 2017 na Operação Ponto Final, da PF. 
  • No arquivamento do processo, a Segunda Turma da corte  considerou “inepta” a denúncia do Ministério Público contra o empresário.
  • A Assembleia Legislativa projeto do governo que cria o chamado cadastro de reserva no âmbito da Polícia Civil do Pará. 
  • Dois clubes sociais brasileiros são, definitivamente, de Placas Ouro, segundo reconhecimento da Fenaclubes, o Pampulha Iate Clube e a Assembleia Paraense. 
  • A escolha é feita com base na contribuição desses clubes ao desenvolvimento da comunidade e da sociedade por meio de ações culturais, sociais ou esportivas.
  • Preço da cesta básica de alimentos subiu em nove cidades brasileiras. As maiores altas ocorreram em Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%) e  – adivinhe – Belém (2,27%).