Proposta que começa a ser discutida no Senado inclui a instituição de imposto de exportação sobre o petróleo bruto, mas há risco de prejudicar a Petrobras e outras empresas exportadoras nacionais/Foto Divulgação.

A Comissão de Assuntos do Senado começa a discutir nesta semana projeto que cria um fundo de estabilização dos preços dos combustíveis e institui imposto de exportação sobre o petróleo bruto. Dados levantados por empresas de consultoria e análises do mercado apontam que, ao prever taxar exportações de óleo bruto em 10% – quando as cotações estiverem acima de US$ 40 por barril – e em 20% – quando ultrapassarem US$ 60 – o texto da proposta puniria exportadoras como PetroRio, PetroRecôncavo e até a Petrobrás, que exporta parte da produção e importa uma outra de óleo mais leve, o que facilita o refino.

Proposta poderá vir nos
moldes do Vale gás

Na Câmara, também há planos para avançar na criação do chamado Funcomp, que poderá vir nos moldes do Vale Gás e ser alimentado com recursos dos royalties, dos dividendos da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A, além de reativar a Cide-Combustíveis. Nenhum dos estudos envolve a participação dos Estados no esforço para acomodar a ciranda da alta de preços que o País tem experimentado nos últimos dois anos nas bombas de abastecimento.

Apagões elétricos seguem
atormentando o Marajó

Municípios do Marajó ocidental como Breves, Melgaço e Portel ficaram sem energia na última semana por problemas na linha de  transmissão que a empresa Equatorial só  conseguiu resolver após seis horas de interrupção. Na semana anterior havia ocorrido outro apagão.  O Marajó ocidental recebe energia de Tucuruí, que atende cinco municípios, mas basta um problema na rede para paralisar geral. Somente com a interligação do sistema com o Marajó Oriental será possível resolver o problema de uma vez por todas.