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PF traça anatomia do crime e da arte
de roubar dinheiro do povo por todo o Pará

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta a segunda fase da “Operação S.O.S”, a “Operação Reditus”, para combater o desvio de recursos públicos na área da Saúde por meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos. Auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal, 400 Policiais Federais e dez servidores da Controladoria-Geral da União atuaram na operação, que se concentrou em Belém e Paragominas, além de oito Estados da Federação, para cumprimento de 95 mandados de busca e apreensão, 54 mandados de prisão temporária e seis mandados de prisão preventiva, no Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso. “Reditus” – regresso, volta, em latim – representa o fato de que os integrantes do grupo criminoso costumavam chamar os valores desviados de “volta”.

De acordo com as investigações, o governo estadual efetuava repasses de verba às organizações sociais contratadas e estas subcontratavam outras empresas para prestarem serviços nas unidades de saúde geridas pelo grupo criminoso, prática conhecida como “quarteirização”. Através desse esquema, os serviços subcontratados eram superfaturados ou nem sequer prestados, permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de busca e apreensão e prisão, foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de capitais, o sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes ao principal operador financeiro do esquema, avaliado em mais de R$ 150 milhões, bem como o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas que, somados, podem alcançar mais de R$ 800 milhões. O Libista e operador Nikolas Tsonkalos, que já cumpria prisão domiciliar em Paragominas ou em lugar qualquer do nordeste do Pará teve prisão preventiva decretada.

As investigações da Polícia Federal apontam que o governo do Pará efetuava repasses de verba às organizações sociais que  subcontratavam outras empresas para prestar serviços nas unidades de saúde geridas pela organização criminosa que administrava hospitais públicos no Pará, prática conhecida como “quarteirização”. O valor dos contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Ainda de acordo com a PF, os serviços subcontratados eram superfaturados ou nem sequer eram prestados, permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

Além dos mandados de busca e apreensão e prisão, foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de dinheiro, o sequestro de bens pertencentes ao principal operador financeiro do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, e o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas que, somados, podem passar de R$ 800 milhões.

A Receita Federal produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, identificando movimentações financeiras incompatíveis, além da propriedade de bens móveis e imóveis registrados em nome dos integrantes do esquema e de interpostas pessoas, “laranjas” ou “testas-de-ferro”. Os levantamentos iniciais apontam que os valores sonegados, só pelas pessoas jurídicas, ultrapassam R$ 100 milhões em tributos federais.

A 4ª Vara Federal de Belém decretou a prisão preventiva de seis envolvidos, prisão temporária de 54 investigados, e busca e apreensão em 95 endereços de pessoas físicas e jurídicas, cujos mandados estão sendo cumpridos em vinte e seis cidades nos estados do Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso, além do sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes ao principal operador financeiro da quadrilha, avaliados em mais de R$ 150 milhões, bem como o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas, que alcançam mais de R$ 800 milhões. Também foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de capitais.

O governo do Pará, em nota oficial, informa que não é alvo da operação, o que não é verdade. Na verdade, algumas pessoas que fizeram negócios com o governo de Helder Barbalho, em contratos com a Secretaria de Saúde, são os alvos da operação.

Veja quem foi preso pela operação da PF: Cleudson Garcia Montali, Gilberto Torres Alves Junior, José Arnaldo Izidoro Morais; José bruno Tsontakis Morais; Nicolas André Tsontakis Morais; Regis Soares Pauletti.

Prisão temporária:  Adriana Michels Ferreira;  Adriano Fraga Troian; Alexandre Jean Tsontakis;  Allan Raphael Silva; Ana Caroline Lopes de Oliveira;  Antônio Mendonca Mendes Filho; Benedito Chaves Pompeu; Bruno alberto Duarte Barbosa; Carlos Augusto da Silva Guimarães; Carlos Evandro Pontes Pinto Junior;  Carlos Henrique das Chagas; Cleiton Teodoro da Fonseca;  Daniel Ferreira de Melo;  Edson luiz Tavares Cohen; Emerson Mauro Vale Tavares;  Evanie Figueiredo de Macedo Garcia;  17. Fabricio Rogerio Oliveira de Oliveira;  Guilherme Lima da Silva; Haroldo Dalazoana Afonso Duraes;  Itamar soares de Carvalho Junior;  Ivone Valle Coca Moralis; Jackson Caldas Pinto;  Jacqueline de Moura Avelar Reis;  Janaina Pereira;  Joao luis Teixeira Villela;  Jose Cloves Rodrigues;  José Diogo Ferreira de Melo; Julio Moreira Ribeiro;  Kaio Rabelo Leitão;  Leandro Alves Martins Jacaranda;  Lucas Henrique Boldarini;  Lucas Rodrigo Oliveira Viana;  Lucia de Fátima do Nascimento;  Luciano Colicchio Fernandes; Lucineia Eugenio da Silva Boldarini;. Marcelo Machado Tavares;  Marcos Antonio Lopes Mendes;  Marcos Augusto Geraldo de Carvalho;  Marcos Roberto Pires Pinto;  Margareth dos Santos Brito;  Mariana Yoshio Issa;  Marlúcia Vieira de Sousa Machado; Michell Coelho Pompeu;  Moacyr Francisco Neves Braga;  Osvaldo Coca Moralis; Paulo Cesar de Souza Brittes;  Raimundo Rodrigues da Silva;  Raimundo Teixeira de Macedo; Roberto Yan Aires Possas;  Rodrigo Magalhães Borges;  Vivian Maria Monteiro de Melo;  Viviane Cristina Ribeiro Moura;  Walber Junior de Araujo Silva; Waldir Raimundo de Oliveira Brito Junior;  Yasmin da Silva Lopes.