O clima está quente entre os trabalhadores em educação de Belém e a titular da secretária de Educação, Márcia Bitencourt. Circula nas redes sociais vídeo onde a secretária é vaiada pela categoria em recente atividade promovida pela prefeitura, no Hangar. Indagada se neste ano os trabalhadores em educação irão receber abono do Fundeb, Márcia Bitencourt foi cirúrgica: os professores já receberam reajuste salarial.
Sindicato reage
O caldo entornou quando a coordenadora do Sintepp Belém, professora Silvia Letícia, também em vídeo, lembrou a secretária Márcia Bitencourt de que a prefeitura não paga o piso da educação e nem salário mínimo no vencimento base de merendeiras, pessoal da limpeza e secretários de escola. Para exigir a prestação de contas da aplicação dos recursos do Fundo, o sindicato organiza campanha salarial e avalia promover assembleia da categoria e manifestações antes do final até o final deste mês em frente à Secretaria.
O que se diz e que, depois das vaias sofridas no Hangar, a secretária Marcia Bitencourt tomou o rumo do banheiro para chorar. Entretanto, informações apontam que a secretaria deixou a reunião para não ser confrontada pelos inflamados dirigentes do Sintepp.
Contratação de OS
O Diário Oficial do Município publicou, no último dia 1º, edital de chamamento público para selecionar organizações sociais civis para atuar na área da educação. O Sintepp protesta, por considerar que a prefeitura deveria reformar escolas, construir novas unidades de educação infantil, melhorar a qualidade da merenda escolar, pagar o piso dos professores e salário mínimo no vencimento base dos servidores não docentes, abrir concurso público e chamar o cadastro de reserva de professores aprovados em concurso, mas escolhe optar pelo continuísmo da política educacional que aí está, de transferir recursos públicos para organizações sociais.
Caos na saúde pública
Na avaliação do Sintepp, a terceirização de serviços na área de educação ameaça repetir o caos que ocorre na saúde pública na capital. “Fez cair a qualidade no atendimento à população, tal e qual o serviço de lixo, igualmente entregue a empresas terceirizadas. O sindicato diz que ‘não aceitará’ a instituição disfarçada de parcerias público privada na educação do município e que irá fiscalizará ‘cada espaço criado por essa política privatista.