Em setembro de 2005, o então presidente Lula soltou a seguinte, ao inaugurar o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió: “A construção de um aeroporto tem para um Estado, para o Brasil e para o município uma espécie de cartão de visita, ou seja, qualquer turista certamente ficará muito mais feliz se a primeira impressão deixada pelo Estado for uma boa impressão”.
Talvez essa tenha sido a mesma ideia do então governador Almir Gabriel ao reformar o Aeroporto Internacional de Belém, que hoje, infelizmente, representa a primeira má impressão para quem chega à cidade, onde a visão de abandono da chegada corrobora a situação da estadia.
O caos começa aqui
O Aeroporto Internacional de Belém é uma bagunça, todo mundo está careca de saber: não é raro operar sem ar-condicionado e está sempre sujo e desorganizado, desconforto total para os passageiros – sem falar na desorganização do trânsito na área de embarque e desembarque de passageiros, com táxis, Uber e carros particulares se amontoando, enquanto autoridade do trânsito, muito bem postada, faz vista grossa. É um retrato encarnado e esculpido de Belém, ainda que em miniatura.
Sujeito a sol e chuva
Mas, para piorar o que já é ruim, vêm o estacionamento, arrendado para uma empresa particular explorar, a Intel Parque, onde se paga preço exorbitante de R$ 10 por cada hora ou fração. Trata-se de um espaço que, da entrada, até a cobertura mais parece uma favela abandonada: os carros ficam sem nenhuma proteção contra sol, chuvas e trovoadas.
Retrato de Belém
Realmente, daí se tira a realidade de Belém, que da chegada ao destino lembra Nova Delhi, como diria Juvêncio Arruda em seu blog 5ª Emenda.