Prefeitos do Marajó estão divididos sobre o programa lançado pelo governo Bolsonaro e aparentemente descontinuado, embora o plano de ação tenha final previsto para agosto deste ano: Guto Gouveia, de Soure, e Clebinho, de Bagre, já se manifestaram/Fotos: Divulgação.

Corre pelos quatro cantos do Marajó que o governo do Presidente Lula ainda não decidiu o destino do Programa Abrace o Marajó, lançado e executado a três por quatro, ao sabor dos mares e das Damares, pelo governo Bolsonaro e com resultados que teriam deixado a desejar, apesar dos relatórios oficiais que circularam no final do governo.

Resposta dada

Segundo um desses relatórios, a resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental proposta elo programa obteve resultados expressivos. Desde a criação do programa, o governo federal investiu diretamente mais de R$ 500 milhões em ações para o desenvolvimento econômico e social do arquipélago. Além dos investimentos diretos, mais de R$ 1,1 bilhão foram investidos no território em parcerias complementares à ação governamental e outros R$ 450 milhões seriam investidos até o final da vigência do plano de ação, em agosto deste ano.

Quem assume

Ao se eleger, o novo governo manifestou os primeiros sinais de desdém pelo programa, que segue em banho-maria e divide a opinião dos prefeitos da região. Alguns defendem que o programa seja gerido pelas prefeituras, com apoio das Câmaras Municipais e da sociedade civil, que apontariam as prioridades. O prefeito de Bagre, Clebinho, propõe nas redes sociais que o programa deveria ser um programa do governo do Estado, em parceria com o governo Federal, para garantir obras estruturantes como rodovias, portos e na área do e turismo.

Enfim, bom senso

O prefeito de Soure e presidente da associação dos municípios da região, Guto Gouvêa, reconhece que “todo o incentivo à economia e aos programas sociais contribuem na melhoria do IDH e do Ideb e têm o apoio dos mais de 600 mil habitantes do arquipélago”.

O ‘xis’ da questão?

Quanto ao programa manter o nome original, o que parece o maior obstáculo a ser vendido na perlenga, por remete ao governo Bolsonaro e à ex-ministra Damares Alves, tenha santa paciência…