Com uma CPI prorrogada pela enésima vez na Assembleia Legislativa do Pará, a visita do governador Helder Barbalho às instalações da mineradora Vale, na Serra dos Carajás, sudeste do Estado, foi a coisa mais esquisita desta temporada eleitoral, na qual, segundo reza a lenda, o governador tem braçadas de vantagem sobre os adversários, se é que os tem. Parece com fumar o “cachimbo da paz”, sendo que o anfitrião entra com o cachimbo e o tabaco e ainda leva fumaça na cara.
Oficialmente, o governador Helder Barbalho, a primeira dama Daniela Barbalho e equipe do governo – leia-se: o ex-executivo da Vale José Fernando Gomes Júnior, atual secretário de Desenvolvimento, e o secretário da Fazenda, Renê Júnior – , visitaram as operações da empresa em Paraupebas e plantaram uma árvore no Bioparque de Carajás.
Coincidência ou não a visita, que deveria ser puramente institucional, não apareceu no leque de informações das mídias ligadas ao governador do Estado, nem mesmo nas redes sociais do próprio, como de hábito. Fontes consultadas pela coluna saíram com o seguinte palpite: “para evitar eventuais problemas com a Justiça Eleitoral”. Ué, então, sua excelência o governador passou a se preocupar com isso?
Abaixo, bem abaixo do oficial, a informação é de que o governador e a Vale estão fechando “um pacote” seja lá do que for. Como se sabe, o governo do Pará e a Vale, mesmo sob investigação “severa e longeva” da Assembleia Legislativa, já têm pacote devidamente desembrulhado e caro – como a construção das oficinas da paz por todo o Pará.
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