Coordenadora do Sintepp Belém, Silvia Letícia é vista como ameaça à gestão municipal, caso assuma vaga na Câmara de Vereadores. Alinhamento dos vereadores Fernando Carneiro e Enfermeira Nazaré com gabinete do prefeito teria segredos inconfessáveis/Fotos: Divulgação.

Com a divulgação integral do resultado das eleições deste ano, pela Justiça Eleitoral, pode-se afirmar que o fracasso do candidato Beto Andrade nas urnas em Ananindeua, segundo maior colégio eleitoral do Pará, vai para a conta da tendência Primavera Socialista, grupo de abriga o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues e a candidata Lívia Noronha, que contabilizou mais votos que Beto Andrade no município. E pensar que, de tão certo que estava na vitória, Beto Andrade chegou a anunciar o número que usaria como WhatsApp como deputado estadual.

Depois do resultado eleitoral, quem está caladinho, tentando passar desapercebido, é o vereador Zeca do Barreiro, que torce pelo não cumprimento da decisão judicial sobre fraude na cota de mulheres que permite que a suplente de vereadora pelo Psol, Gizelli Freitas, assuma o mandato. Outros torcedores fervorosos pela permanência de Zeca do Barreiro são o prefeito Edmilson Rodrigues e seu staff. A posse de Gizelli, da Bancada das mulheres da Amazônia permitiria que a professora Silvia Letícia assumisse mandato na Câmara de Belém.

O pau e o machado

O comentário geral é de que Silvia Letícia seria um sério problema para a gestão municipal na Câmara: o Sintepp e o funcionalismo teriam voz amplificada e o ‘verniz de radicalidade’ do vereador Fernando Carneiro e da Enfermeira Nazaré, que fazem vista grossa os problemas da prefeitura, seria desmascarado. A crise no Psol é braba.