Segue o teatro de bizarrices no terceiro andar do prédio da Reitoria da Universidade Federal do Pará, a UFPA, no campus Guamá, em Belém. Agora, o inexplicável atende pelo nome de Forma Pará, o programa de difusão de ensino superior “por todo o Pará”, tido, havido e reconhecido como “a menina dos olhos” do governador Helder Barbalho, engendrado pelo professor Carlos Maneschy, que deixou a Secretaria de Ciência e Tecnologia para se candidatar a uma vaga de deputado estadual.
Aos fatos: a atual titular da Secretaria – autodenominada “afilhada” do governador, com as bênçãos da mãe do governador, deputada Elcione Barbalho – e também professora da universidade, Edilza Fontes, encaminhou ao reitor Emanuel Tourinho solicitação para adesão da UFPA às demandas Programa Forma Pará, a partir de 2023. Três meses depois de protocolado, o documento continua nas magníficas gavetas do magnífico reitor, em clara desavença com todo poderoso do Estado.
Maneschy, alvo preferencial
Desde lá ninguém, em sã consciência – coisa que a UFPA parece ter perdido faz tempo -, ignora que o engavetamento do pedido nada mais é do que “represália” ao inimigo nº 1 do reitor Emanuel Tourinho, o professor Carlos Maneschy. É mais ou menos assim: se depender de Tourinho, a UFPA está totalmente fora dos planos do governo Helder Barbalho no que tange ao programa. A decisão, magnífica, assusta centenas de professores que estão se acostumando às bolsas do projeto, que têm ‘salvado a pátria’ em tempos de salários congelados.
Procurando sarna para se…
Assim, embora sendo formuladora do Forma Pará, a partir de agora UFPA rejeita a criação do programa que o governador Helder Barbalho tinha para chamar de seu e que é adotado por todas as outras universidades federais do País, condenando a UFPA ao que se poderia chamar de “magnífico isolamento” – até Helder despertar.