O prefeito Carlos Alberto Gomes e Weslen Serra, tido como dono da lancha “Dona Lourdes”, em uma das viagens frequentes do gestor municipal na embarcação clandestina que naufragou às proximidades da Ilha de Cotijuba, em Belém, semana passada/Fotos: Redes Sociais.

Dizem que o pior de um homem público é quando ele opta pela conveniência em desfavor da coerência.  Por longo tempo, a população do Marajó haverá de chorar seus mortos, vítimas da irresponsabilidade e da ganância desmedidas de quem, supostamente, sempre buscou nos conchavos políticos a “solução para todos os seus males”.

Nesse aspecto, não é mais segredo para ninguém a estreita relação do prefeito de Salvaterra, Carlos Alberto Gomes, o “seu” Carlos, do Podemos, com um estuprador da lei, alguém que, pelo que faz, jamais deveria receber validação de sua atividade econômica pelo simples fato de a mesma ser irregular.

‘Sempre teve passe livre’

Na verdade, pelo  que todos comentam no município, Carlos “sempre teve passe livre na lancha ‘Dona Lourdes’’’, que foi a pique às proximidades de Cotijuba. E a publicação do suposto dono da embarcação,  Weslen Serra, em uma rede social, comprova a proximidade de ambos, e uma das frequentes presenças do alcaide de Salvaterra atesta, no mínimo, a conivência com a ilegalidade.

Alguém precisa explicar

Comentários maldosos em Salvaterra dão conta, inclusive, de que o prefeito teria até “participação no negócio do transporte”, mas isso, por óbvio, precisa ser investigado e esclarecido, inclusive pelo próprio prefeito. Afinal, em momentos de tragédia com o essa, a dor e a desesperança falam mais alto.

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