Áudios de reunião entre o então candidato do PT ao Senado, Beto Faro, e o dono da empresa Kapa Capital, supostamente negociando compra de votos, circularam durante o fim de semana confirmando notícias da coluna. Decisão está com o TRE/Fotos: Divulgação-Imagens-WhatsApp.  

Está nos grupos de zap: “Desvendada a mágica dos votos inexplicáveis para Beto Faro no Pará”; “o verdadeiro ato antidemocrático que a grande mídia não fala: aquele que retira do cidadão o direito constitucional à livre escolha do voto”; “o PT utilizou a máquina pública de Helder Barbalho para comprar milhares de votos para o grileiro Beto Faro”.

A coluna já havia contado essa história. Agora, talvez por conta do despertar pós-eleitoral, quer por quem está de olho na vaga, ou pelos processos eleitorais que se afunilam na Justiça do Pará, as redes sociais distribuem mensagens em grupos de WhatsApp com os áudios em que o empresário titular da empresa Kapa Capital e seu diretor perfazem uma verdadeira compra de votos para o então candidato do PT ao Senado, Beto da Fetagri Faro, eleito misteriosamente no último pleito.

A ser confirmada a captação ilícita de sufrágio, popularmente conhecida como “compra de votos”, o candidato eleito e empossado, além de perder o mandato, tornar-se-á – arre! – inelegível nas próximas eleições.

Voto de cabresto

Decididamente, o empresário dono da Kapa Capital fez ressurgir o antigo e famoso ‘voto de cabresto’. Para quem não lembra, era uma infame e desavergonhada fórmula, muito utilizada no interior do Brasil, pela qual o coronelismo de então mantinha seus currais eleitorais. Agora, na tal modernidade, quem manda é o dinheiro, muito dinheiro.

Junto e misturado

Fique claro desde já: não apenas o senador Beto da Fetagri Faro está envolvido nesse episódio. Com a compra de votos – se comprovada e consequentemente considerada crime eleitoral -, todos deverão ser indiciados e, ao fim e ao cabo, acusados. Para tanto é considerado “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. Pena: reclusão e pagamento de multa.

A queda e o coice

As medidas atingem não apenas o beneficiado, mas também quem beneficia o eleito. Portanto, além da perda do mandato, ainda restará ação penal com a titularidade do Ministério Público Eleitoral, a quem cabe a denúncia.

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Papo Reto

• Fonte da coluna sem eira, nem beira com os gabinetes da gestão Ed 50 garante que o empresário Henrique Nassar (foto) é apenas vítima da disputa intestina pelo controle da Secretaria de Educação de Belém.
• O moço sequer tem o trânsito que querem lhe atribuir.
• “Tomara ainda estejamos vivos para ver isso ser inaugurado”. O comentário é de um membro da equipe de marketing do governo do Estado ao motorista de aplicativo que o levou, ontem, ao local da assinatura da OS para o início da obra do Terminal Turístico de Icoaraci.
• Aliás, como o recurso da obra é federal, via emenda do deputado José Priante, o parlamentar fez questão de “demarcar seu território” com dezenas de outdoors ao longo de todo percurso até a beira do cais.
• Hoje, o médico e pesquisador paraense Alfredo Coelho profere a palestra “Técnicas Avançadas de Neuromodulação no Desenvolvimento Infantil e nas Desordens do Desenvolvimento Infantil”. Será no auditório do Centur, a partir das 19 horas.
• A chamada Conferência Política de Unificação com grupos do Psol, em São Paulo, mudou nomes de algumas tendências do partido.
• No caso do Pará, por exemplo, a fusão entre a Luta Socialista e a Alternativa Socialista passa a se chamar Revolução Socialista.
• O novo grupo já conta com representação política em 15 Estados nas cinco regiões do País e capitais importantes, como São Paulo, Rio, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Macapá e Belém.
• A nova tendência nasce com o objetivo de resgatar o projeto fundacional do Psol – Radical e de Esquerda – para enfrentar o pragmatismo do grupo Primavera Socialista, do prefeito Edmilson Rodrigues.
• Em algumas capitais, como Salvador e Belo Horizonte, a cobrança de taxas de estacionamento – zona azul – virou tormento para motoristas, que já pagam caro pelos carros, combustíveis e IPVA.
• Coincidência ou não, os ex-prefeitos ACM Neto e Kalil não se elegeram governadores. A carga tributária extorsiva suportada pelos contribuintes chegou ao máximo e é difícil ganhar votos tributando o uso de bens públicos.
• Dizem que o PT está convocando a militância para fazer uso político do Banco Central.  Querem a volta do financiamento monetário. 
• Só falta extinguir o Copom e decidir os juros em plebiscito. Ou na porrinha.